Mosaic Business divide as companhias do país em sete grupos dominantes
“A Serasa Experian anunciou o Mosaic Business, mais completa solução de segmentação de empresas já desenvolvida no Brasil. O levantamento é um inovador e acurado retrato dos perfis das empresas do país e tem como objetivo prover dados para que elas possam traçar estratégias B2B e desenvolver serviços e produtos para os diversos grupos. O estudo divide as cerca de 17 milhões de empresas ativas do país em 7 grupos dominantes, subdivididos em 54 segmentos, e leva em consideração mais de 150 variáveis, como a natureza jurídica, o desempenho, o setor, a quantidade de empregados, entre outras informações, além de métodos estatísticos avançados.
O Mosaic Business revela que o grupo predominante no atual universo de empresas brasileiras é denominado “Na Luta”, que representa 33,61% do total de empresas e é composto por negócios cujos indicadores financeiros podem mostrar um estado de instabilidade, levando-as a buscarem recuperação financeira. Essas empresas têm, predominantemente, acima de 5 anos e um risco de crédito médio ou alto. Em termos de porte, a maioria é Microempreendedor Individual (MEI) e Microempresa (ME). Os demais grupos apontados pelo estudo são, nessa ordem: “No Começo”, “Bom Caminho”, “Pequenas Especializadas”, “Maduras”, “Administração Pública e Terceiro Setor” e “Poder de Fogo”. Veja mais detalhes sobre cada grupo no site www.serasaexperian.com.br/mosaicbusiness.
Segundo Fernando Rosolem, gerente de Marketing Services da Serasa Experian, a retração nas vendas e no ritmo de produção pela qual tem passado a economia brasileira tem debilitado o fluxo de caixa das empresas, resultando na alta representatividade do grupo “Na Luta”. “As dificuldades de acesso ao crédito, que se mantém caro e escasso, prejudica a gestão financeira das empresas brasileiras. Fatores como esses levam o grupo “Na Luta” a ser o mais significativo do estudo. Isso não significa que essas empresas não irão se recuperar, e sim que passam por algum momento de instabilidade, que pode ser passageiro”, completa Rosolem.
O subgrupo mais representativo dentro do grupo “Na Luta” é chamado de “Fôlego do Dono” (6,21% do total de empresas do país) e é composto por microempresas que faturam menos de R$ 360.000,00 ao ano, com alto ou médio risco de crédito, mas que os sócios possuem uma renda maior em relação aos outros segmentos dentro do mesmo grupo. Isso pode ser um diferencial positivo mesmo em momentos de dificuldades.
Rosolem explica que as aplicações para os dados como esses, apresentados pelo estudo Mosaic Business, são diversas: conhecimento do cliente, estratégias de vendas, prospecção inteligente, gerenciamento de carteira, expansão, entre outras. “É essencial que os empresários entendam qual é o perfil das empresas brasileiras antes de traçar suas estratégias de negócios. A segmentação baseado em faturamento ou porte é usual em nosso mercado, mas não reflete a riqueza de características e diferenças existente entre as empresas”, afirma.
“No Começo” e no “Bom Caminho”
O estudo aponta que o grupo denominado “No Começo” é o segundo com maior representatividade no volume total de empresas, com 29,43%. É composto por empresas com menos de cinco anos e predominância de dois anos de idade, ou seja, é o grupo das empresas mais novas do Brasil: entre Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas, Pequenas e Médias Empresas. Os Jovens Empreendedores em Ascenção, subgrupo mais representativo dentro de “No Começo”, engloba os Microempreendedores Individuais que possuem boa situação de crédito e com indicadores financeiros que sugerem crescimento.
Em terceiro lugar entre os perfis predominantes entre as empresas brasileiras aparece o grupo “Bom Caminho”, composto por empresas sólidas em relação aos seus indicadores financeiros. Suas operações indicam bom funcionamento, principalmente em comparação com as outras empresas do mesmo porte. Este grupo representa 14,77% do total e é subdividido em nove diferentes segmentos, encabeçados por Comerciantes Experientes de Sucesso, com microempreendedores individuais com baixo risco de crédito, presente tanto nas empresas quanto nos sócios, indicando um ótimo caminho.
“Pequenas Especializadas” e “Maduras”
O quarto grupo predominante no universo de empresas brasileiras é denominado “Pequenas Especializadas”, que representa 8,43% do total e engloba pequenas empresas com indicadores financeiros estáveis e que possuem comportamento ou necessidade específicas. Natureza jurídica e/ou CNAE peculiar é determinante para este grupo, que inclui empresas como restaurantes, bares e cafés, companhias de alta especialização técnica e científica e produtores rurais, entre outros. O subgrupo “Produtores Rurais” é o mais representativo dentro das “Pequenas Especializadas”.
Em quinto lugar no ranking aparece o grupo “Maduras”, com as empresas sólidas e tradicionais, que possuem, no geral, acima de 20 anos. A experiência dessas empresas é um diferencial em relação as outras do mesmo porte e representam 6,43% do total. Microempresas Veteranas e Estáveis formam o subgrupo que se destaca dentro de “Maduras”.
“Administração Pública e Terceiro Setor” e “Poder de Fogo”
O sexto lugar fica por conta das empresas de “Administração Pública e Terceiro Setor”, que são 7,03% do total e, como o nome já diz, se caracterizam por empresas públicas ou sem fins lucrativos. São empresas de pequeno porte e com bons indicadores financeiros, com destaque para as ONGs.
Por último, em sétimo lugar, o grupo com o menor percentual de empresas, com apenas 0,35% do total, foi batizado de Poder de Fogo. A razão é que as empresas inseridas nesse segmento são as maiores do Brasil, com faturamento acima de R$ 16 milhões anuais. Possuem mais de dez importadoras e exportadoras. Entre os subgrupos, destaque para “Setor Financeiro”.