No Dia da Mentira, celebrado hoje, 1º de abril, as pessoas costumam sustentar, por pura diversão, a tradição de contar mentiras inofensivas e pregar peças em seus conhecidos. Porém, quando se trata de mentiras no âmbito profissional, as consequências podem ser mais sérias. Segundo pesquisa global da Robert Half, realizada na segunda quinzena de fevereiro e que entrevistou 300 executivos brasileiros “c-level”, igualmente divididos entre gerentes-gerais, CFOs e CIOs, 55% dos líderes citam mentiras no currículo ou em entrevistas entre os erros que mais comprometem a probabilidade de o candidato conquistar a vaga. Ao definir a falha mais grave, 23% colocam as mentiras na primeira posição.
Além dos 300 executivos brasileiros, o levantamento da Robert Half também captou a percepção de 1.200 líderes da Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido. Com o recorte por localidade, o Brasil representa o país onde a atitude é mais condenada.
Brasil | 55% |
Bélgica | 48% |
Reino Unido | 46% |
França | 44% |
Alemanha | 41% |
(Fonte: pesquisa global da Robert Half com 1.500 executivos “c-level”)
É válido destacar que o preenchimento de vagas já é visto como uma ação estratégica para os negócios, que demanda planejamento, preparo e atenção. As empresas de hoje têm a consciência de que uma contratação equivocada se refletirá em prejuízos de tempo e dinheiro. Como consequência, os processos estão cada vez mais apurados, e todos os dados, referências e documentos expostos costumam ser checados. A seguir, conheça as mentiras mais comuns no ambiente corporativo e fuja delas:
- Idioma – Tenha em mente que, se a vaga pede fluência em um segundo idioma, essa habilidade, com certeza, será testada pelo recrutador em algum momento do processo seletivo.
- Experiência – Na esperança de conseguir se destacar entre os demais, não supervalorize sua passagem por cargos ou empresas. Concentre-se em traduzir suas conquistas de forma sincera.
- Formação – Seja transparente nesse quesito. Caso tenha trancado matrícula, ou possua matérias pendentes a concluir, diga que a formação está em andamento e compartilhe a previsão de conclusão.
- Salário – Quando questionadas sobre o valor do último salário, algumas pessoas mentem, na tentativa de conseguir maior remuneração no próximo emprego. A fraude, no entanto, pode ser facilmente descoberta, ao confrontar a informação com estudos de remuneração ou com o registro da carteira de trabalho.
- Motivo do desligamento – Se a demissão não tiver ocorrido de forma voluntária, seja honesto e foque apenas em demonstrar as conquistas no emprego anterior, o que aprendeu e o quanto evoluiu com a experiência. Nunca fale mal da antiga empresa ou de colegas de equipe e antigos chefes.
“Já vi profissionais de diferentes níveis hierárquicos perderem a vaga e a credibilidade, por tentar iludir o recrutador. Isso acontece basicamente porque a descoberta de uma mentira coloca em xeque todas as demais verdades contadas, fazendo com que o entrevistador ou futuro empregador fique inseguro”, reforça Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul. “Valorize sua carreira e aproveite a oportunidade de destacar os pontos fortes de sua trajetória profissional, mas sempre de maneira consciente e verdadeira”, completa.
Com o intuito de oferecer mais informações sobre o assunto e uma análise consultiva de como as mentiras comprometem as chances de contratação, a consultoria lançou mais um episódio do Robert Half Talks, podcast quinzenal com discussões relevantes, que preparam para o futuro do trabalho e para um mundo em transformação.