Pesquisa revela que 91% dos entrevistados consideram a flexibilidade de horário um grande diferencial.
A maneira como trabalhamos está se transformando rapidamente e, com isso, fica cada vez mais evidente a importância de adotar novos modelos de trabalho. A flexibilidade tornou-se um componente essencial que molda a forma como empresas e profissionais se adaptam às rápidas mudanças, promovendo a qualidade de vida, o equilíbrio e a saúde dos colaboradores.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2024 pela Catho, 91% dos entrevistados consideram uma jornada adaptável um grande diferencial profissional. O relatório aponta ainda que 96% preferem ambientes que promovam saúde mental, reforçando a ligação entre flexibilidade e bem-estar. Pensando neste cenário, 3 especialistas elencam as vantagens de modelos mais versáteis. Confira:
Promover qualidade de vida
“A flexibilidade no trabalho é muito mais do que uma comodidade, é uma ferramenta poderosa para transformar vidas e organizações, melhorando a qualidade de vida dos colaboradores, ampliando a inclusão ao permitir que mais pessoas acessem boas oportunidades, aumentando a produtividade e ainda trazendo benefícios econômicos e ambientais. É uma solução que equilibra as demandas do mercado com as necessidades humanas, criando um ambiente mais saudável e eficiente”, afirma Marta Celestino, CEO da Ebony English.
Engajar os colaboradores
Ricardo Rocha, CEO da acaso, startup global com foco em futuro do trabalho, cita um estudo da HiBob que aponta que 54% dos trabalhadores da Geração Z estão desengajados, o que pode ser justificado pela necessidade de adequação das formas de trabalho. “Acredito num modelo onde a flexibilidade permita que cada indivíduo tenha sua carreira e vida sintonizadas, sobretudo para uma geração que tanto demanda pelo alinhamento de seus objetivos pessoais e propósitos. Para mim, a resposta sobre qual a melhor forma de trabalho é nenhuma, pois essa questão é individual e depende dos sentidos de cada um”.
Promover flexibilidade como ferramenta de equidade
De acordo com um estudo da Great People 2023, 98% das pessoas consideram a flexibilidade no trabalho um diferencial. No entanto, para Luciana Cattony, cofundadora da Maternidade nas Empresas, consultoria especializada em equidade de gênero pela valorização da parentalidade no ambiente corporativo, existe uma problemática: quando apenas as mulheres utilizam esse benefício, elas acabam sendo invisibilizadas no ambiente corporativo. “Existe um ditado que diz que quem não é visto, não é lembrado, e isso pode limitar o reconhecimento e crescimento profissional dessas colaboradoras, reforçando desigualdades de gênero. Nesse sentido, para que a flexibilidade funcione como uma ferramenta de equidade, é fundamental que homens também a adotem, compartilhando responsabilidades familiares e ajudando a desconstruir estereótipos”, finaliza a executiva.