2021 foi um ano atípico para o microempreendedor brasileiro. Ainda dentro da pandemia de Covid-19, o ano começou com uma crise de falta de tubos de oxigênio em hospitais de Manaus, veio uma segunda onda de contaminados e com isso um novo lockdown. A grande missão para o empreendedor era saber como sobreviver a essa fase que já estava se estendendo há um ano.
Após a maior parte da população brasileira conseguir se vacinar com pelo menos a primeira dose, a economia voltou a reabrir. A dúvida então era de qual maneira o empresariado iria reabrir seu comércio antes fechado por um ano e se seria necessário algum dinheiro para investir.
Rodrigo Cabernite, CEO da GYRA+, Fintech especializada em liberação de crédito para microempresas, afirmou que foi preciso investir para conseguir reabrir. “Foi um ano de resistência. Tiveram alguns momentos bons, como a reabertura. Foi melhor que o ano passado, no qual tivemos péssimas surpresas. Para este ano já entramos com muita cautela, sabendo que estaria vindo a segunda onda lá nos EUA e na Europa”, apontou.
Saiba 5 pontos que marcaram o ano de 2021 para o empreendedor segundo Rodrigo Cabernite:
1 – Digitalização do comércio
O empreendedor que aprendeu com todas as dificuldades em 2020 conseguiu se colocar de uma forma mais segura quando veio a segunda onda. Isso significa um restaurante que foi para o delivery ou o comércio que foi para o e-commerce e conseguiu atender pelo WhatsApp. Isso tem muito a ver com digitalização.
2 – A reabertura
A grande dúvida era em como realizar a reabertura. O microempreendedor sabia que seu restaurante estava inutilizado há um ano, que o seu hotel que estava sem funcionar precisa reabrir e comprar enxoval novo. Com isso ele entendeu que para reabrir precisa de investimento. O simples fato de poder reabrir não significa que isso de fato iriha acontecer, é preciso também ter algum tipo de crédito para isso (material e insumos).
3 – A sobrevivência
Não era só preciso reabrir, mas também sobreviver. Nos centros comerciais a parte de comércio (lojas e restaurantes) foi fechada praticamente por inteiro. Quando reabriu, ficou só quem sobreviveu. Tiveram empresários que conseguiram identificar oportunidades, já que houve nichos em que oportunidades incríveis surgiram e que vários pedacinhos na economia ainda precisam ser preenchidos.
4 – Cenário macroeconômico desafiador
A alta dos juros começou a pesar muito no segundo semestre. Mesmo com todas as dificuldades, ainda tivemos essa péssima surpresa dos juros altos na economia, a escassez de crédito e o pouco crescimento econômico.
5 – Crise longe de acabar
O empreendedor percebeu que ele precisa se planejar, se organizar e ser conservador. Precisa ter um caixa e ser resiliente para passar por alguns obstáculos que podem surgir de novo. O empresariado sai muito mais maduro e rodado agora no final do ano do que eles entraram em 2021. Tem um crescimento em relação a percepção dos negócios, de como investir na hora certa, esse aprendizado fica.