Uma pesquisa realizada pela Olivia – consultoria especializada em promover processos de transformação nas organizações, com pessoas no centro das mudanças – revela que 70% dos executivos acreditam que modelos flexíveis de gestão permanecerão no longo prazo. O estudo foi realizado com executivos da Argentina, Chile, Brasil, Colômbia e Peru no final de 2020. A análise foi realizada em meio à crise mundial provocada pelo novo coronavírus, tornando possível coletar dados não somente a respeito das mudanças operacionais com os diversos meios digitais, mas também sobre o impacto na maneira como as pessoas trabalham.
A pesquisa também revela que embora os executivos identifiquem as mudanças mais de curto prazo em seus modelos organizacionais, as mudanças relativas à transformação cultural serão mais lentas. Neste sentido, 70% deles espera desenvolver modelos mais flexíveis e de mudança mais permanentes, mas somente 30% espera instalar estruturas mais planas e menos hierárquicas como modelo de gestão. Com relação ao impacto da transformação digital, para 92% dos entrevistados, a transformação digital será acelerada, em razão dos efeitos da crise do novo coronavírus, o que traz à tona inúmeros desafios organizacionais e tecnológicos a serem trabalhados tanto para clientes como colaboradores.
“Não colocar as pessoas e colaboradores no centro das mudanças pode significar uma enorme dificuldade para redesenhar nossas empresas para um mundo posterior a essa enorme crise”, sinaliza Reynaldo Naves, Sócio e Country Manager da Olivia Brasil. O sócio da Olivia complementa que as pessoas são o centro de qualquer transformação, seja ela digital ou cultural, pois as mudanças serão sustentadas pela congruência e sincronismo de comportamentos, habilidades, processos chegando até modelos de trabalho e tecnologias aplicadas.
Quando questionados a respeito das mudanças organizacionais e hierárquicas, 70% dos executivos esperam o desenvolvimento de modelos flexíveis de trabalho, que permanecerão a longo prazo, enquanto para 30% as mudanças serão planas e menos hierárquicas. “A crise sanitária e econômica causada pela pandemia de Covid-19 trouxe a urgência de diversas adaptações para as empresas, e esses dados demonstram que a maioria dos executivos enxerga a necessidade de transformação, bem como a perpetuação dessas mudanças ao longo do tempo”, comenta Naves.
Em matéria cultural, para 70% dos altos executivos das empresas, a colaboração é fundamental para o desenvolvimento transversal de suas companhias. “Foi evidenciado que a comunicação efetiva, trabalho por objetivos, flexibilidade e liderança são essenciais e ajudam na colaboração”, sinaliza Guido Olomudzski, Arquiteto de Soluções da Olivia Brasil. A pesquisa revelou ainda que os CEOs também esperam que os colaboradores C-level sejam ágeis em tomadas de decisão e integrem práticas digitais e modelos mistos de trabalho.
“É necessário que os executivos desenvolvam uma visão mais sistêmica, na qual as transformações são realizadas tendo em vista diversos pilares como cultura, inovação, gestão e tecnologia”, sinaliza Naves. Para o especialista, com os dados coletados, foi possível identificar que atualmente, a transformação digital é mais do que nunca um pilar para transformação cultural nas organizações, porém outros itens são essenciais nesse processo, como colaboração, agilidade, e novos modelos de trabalho híbrido.