As empresas precisam mostrar que se importam com os protocolos de saúde e segurança
Segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho (SmartLab), da OIT, Organização Internacional do Trabalho, e do Ministério Público do Trabalho (MPT), o Brasil registrou 2,5 mil mortes e 571,8 mil Comunicações de Acidente de Trabalho (CATs) em 2021. Estes dados representam um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Diversos acidentes poderiam ser evitados, ou pelo menos previstos, caso as empresas investissem mais em saúde e segurança ocupacional.
O compromisso com a saúde e segurança no trabalho é uma tarefa em conjunto, que deve ser partilhada tanto pelo empregador quanto pelo colaborador. “As empresas precisam mostrar que se importam com os protocolos de saúde e segurança, pois isso incentiva os times a levarem a sério as recomendações de proteção e seguirem as normas”, pontua Hermínio Gonçalves, CEO da SoftExpert Brasil, fornecedora global de soluções para a gestão integrada da conformidade, inovação e transformação digital.
Pensando nisso, a SoftExpert, por meio do CEO Hermínio Gonçalves, separou 8 etapas para o gerenciamento de riscos, com o intuito de auxiliar as empresas no âmbito da saúde e segurança ocupacional.
- Escopo, contexto e critério
Para começar, é necessário fazer um breve resumo dos objetivos organizacionais e quais os riscos deles não serem alcançados. Em segundo lugar, é importante definir o contexto interno e externo para analisar o que pode atrapalhar no alcance dos objetivos estabelecidos. Por último, é necessário entrar no ramo dos critérios. A organização da empresa precisa especificar a quantidade e os tipos de riscos que ela pode assumir sem que seus resultados sejam afetados.
- Comunicação e consulta
O propósito da segunda etapa é fazer com que todas as partes afetadas tenham compreensão dos riscos e das suas consequências. Assim, é possível realizar feedbacks sobre processos e gerar insights entre todos dentro da empresa.
- Identificação de riscos e perigos
Parte essencial para a organização entender quais os riscos dentro do ambiente de trabalho a partir de três questões:
1- Riscos: o que pode dar errado?
2- Consequências: o que pode acontecer?
3- Probabilidades: com que frequência isso pode acontecer?
E para responder às três questões, as empresas podem investir em brainstorm, desenvolvimento de cenários e revisões de acidentes anteriores.
- Análise de riscos
Essa é a hora de avaliar os riscos que foram identificados na etapa anterior. Uma ferramenta simples e visual que pode facilitar essa etapa é a Matriz de Risco, que pode ser usada para calcular a magnitude das consequências potenciais e a probabilidade delas acontecerem.
- Avaliação de riscos
Nesta etapa, a organização precisa comparar os resultados da análise de risco com os critérios estabelecidos para determinar onde uma ação adicional é necessária.
- Tratamento de risco
Aqui, o objetivo é selecionar e implementar ações para lidar com os riscos que ficaram fora dos critérios aceitáveis da organização. Algumas soluções de ações que podem ajudar as empresas nessa etapa são: eliminar ou substituir o agente de risco, alterar o ambiente para diminuir a exposição ao perigo, ajustar o método de trabalho ou utilização de EPI (equipamento de proteção individual).
- Monitoramento e análise crítica
A gestão de riscos é um processo que precisa ser contínuo, sempre monitorado e revisado, para garantir sua adequação e eficácia. É importante realizar auditorias, inspeções e acompanhar os indicadores de desempenho para verificar se os riscos estão sob controle ou se ocorreram mudanças no local de trabalho que podem levar a novos riscos.
- Registo e relato
Por fim, manter o registo das avaliações de riscos e das decisões tomadas é, além de muito importante, uma exigência legal. Esse processo é útil, também, quando a empresa se depara com uma situação semelhante a uma já vivida anteriormente, pois permite que a organização avalie processos já realizados que podem ajudar na situação presente.
Além de seguir todas as etapas para garantir saúde e segurança ocupacional, com a intenção de otimizar os processos e facilitar o gerenciamento de risco, as empresas podem procurar programas para ajudar a estruturar seus processos e protocolos.