Os desafios atuais para as empresas conseguirem equipes produtivas, saudáveis, diversificadas e sustentáveis se multiplicaram não só por conta da pandemia, mas também por novas exigências sociais. À medida que os locais de trabalho se diversificam, é crucial que as organizações revisem não apenas seus planos de saúde e benefícios como parte de sua proposta de valor para os funcionários, mas como parte integrante de sua estratégia de Diversidade e Inclusão.
Para ajudar as empresas da América Latina a entender melhor as exigências dessa nova realidade, descobrir quais políticas e benefícios seus funcionários estão precisando e compartilhar as tendências e melhores práticas do mercado, a Mercer Marsh Benefícios realizou o estudo Reinventando os Benefícios , baseado em uma pesquisa com 647 empresas (51 empresas brasileiras) de 13 países e 18 setores de atividade. Conforme o levantamento, 64% das empresas da América Latina consideram muito importante a implantação de Benefícios Inclusivos, com foco em mulheres e portadores de deficiência.
Para se manterem competitivas como empregadores, as empresas devem analisar urgentemente a estrutura dos benefícios de saúde e bem-estar que oferecem a seus funcionários e avaliar qual é o impacto nos grupos minoritários e sub-representados. É crucial acelerar esta reinvenção para oferecer mais e melhores benefícios em um ambiente competitivo, diversificado e pós-pandêmico, de acordo com a pesquisa.
“A população é cada vez mais diversa e isso se reflete nos números do contingente atuante no mercado de trabalho. Por isso, é importante lembrar que os pacotes de benefícios tradicionais não atendem a todas as necessidades da organização com cultura e diversidade. Desta forma, é preciso pensar nas minorias, que representam uma parte expressiva da força de trabalho”, afirma Antonietta Medeiros, Diretora de Gestão de Saúde da Mercer Marsh Benefícios. “O desafio de atender da melhor maneira estes grupos é enorme e envolve ações urgentes de mudança nos benefícios tradicionais, que não atendem à pluralidade da população nas organizações”, complementa.
Outro estudo produzido recentemente pela consultoria, chamado Global Inclusive Benefits 2021 , revelou que grande parte (82%) das organizações brasileiras afirma que os benefícios inclusivos são diferenciais para reter e atrair colaboradores, e 79% dizem que essa modalidade faz parte da sua responsabilidade social e corporativa.
Outra tendência vem dos impactos da pandemia. A Covid agravou as disparidades e lacunas para minorias e grupos sub-representados em relação à saúde e bem-estar no local de trabalho. Para eliminar quaisquer lacunas para minorias e grupos sub-representados, 64% vão rever as suas políticas de Diversidade e Inclusão (D&I) e aplicar treinamento para funcionários e diretores.
Ainda segundo o estudo, mais da metade (55%) vai criar políticas de D&I, e desenvolver programas estruturais para combater preconceitos no recrutamento, contratação e desenvolvimento de carreira, 45% vão implantar benefícios para combater disparidades sociais, educacionais e econômicas. Os serviços de telemedicina também passaram a ser oferecidos para os colaboradores em 73% das empresas.