Um dos maiores desafios para as empresas, depois de atrair os talentos, é manter os funcionários motivados e empenhados. Para ajudar a decifrar esse cenário, a ADP, empresa global em soluções de Folha de Pagamento e Gestão do Capital Humano, realizou a Pesquisa Global de Engajamento.
Segundo o levantamento, apenas 16% dos trabalhadores se consideram totalmente empenhados, ou seja, 84% da força de trabalho global não está atuando com todo seu potencial. O número se manteve estável em relação a 2015. A pesquisa, realizada em julho de 2018, ouviu 19.346 funcionários de 19 países, que trabalham em tempo integral ou meio período.
Ao contrário do dado global estável, a sondagem apontou grande variação local. O Brasil registrou uma queda no engajamento total dos trabalhadores, de 16% em 2015 para 14% em 2018, assim como China, México e Estados Unidos. Por outro lado, países como Argentina, França e Índia viram o nível de comprometimento aumentar entre 2015 e 2018.
“Esse tema é muito relevante para empresas e funcionários, já que uma força de trabalho sem engajamento pode custar bilhões de dólares à economia em geral. Esses profissionais têm 45% mais chance de sair voluntariamente da empresa e o custo do turnover é muito alto para ambos. Por isso, promover engajamento deve estar na agenda das organizações”, considera Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos da ADP para América Latina.
Ao contrário do que se pode imaginar, as diferenças de gerações não influenciam no engajamento. Os Millennials e os Baby Boomers apresentam quase o mesmo comprometimento no trabalho: 16% e 18%, respectivamente. O gênero também não traz grandes diferenças, pois, apesar de o mercado ter mais homens em altos cargos, as mulheres são levemente mais engajadas, com 17% delas versus 15% deles.
Motivos do engajamento
A Pesquisa Global de Engajamento mostrou que um funcionário que se sente parte de um time tem 2,3 vezes mais chance de se sentir totalmente comprometido. No Brasil, 15% dos funcionários que pertencem a uma equipe se sentem totalmente engajados, enquanto apenas 5% dos colaboradores que não pertencem se sentem motivados.
A tendência de flexibilidade nas empresas também influencia positivamente o engajamento. A pesquisa mostrou que 29% dos trabalhadores virtuais que fazem parte de um time são totalmente engajados, contra 18% dos que trabalham em escritório.
“Este dado é muito relevante, pois comprova que a proximidade física não é requisito para criar uma sensação de trabalho em conjunto. Além disso, ambientes mais flexíveis são valorizados pelos profissionais ao escolher onde trabalhar”, comenta Mariane.
Acreditar na liderança
A confiança nos líderes foi apontada como item exemplar para mostrar o nível de engajamento, já que um funcionário que confia na liderança tem 12 vezes mais chance de se sentir comprometido do que os que não confiam. Cerca de metade (45%) dos profissionais que concordam com o líder são totalmente engajados, contra apenas 6% dos que não concordam.
“Essa relação de confiança foi expressada de duas formas na pesquisa: quando o funcionário entende claramente o que é esperado dele e se ele tem a chance de usar suas habilidades profissionais no dia a dia. Ou seja, quando um gestor deixa claro suas expectativas e reconhece os esforços da equipe, o grupo todo fica mais forte, confiante e estável”, explica Mariane.
Outros dois fatores determinantes para o engajamento foram o nível educacional e o cargo dos profissionais. Quanto mais adiantado na educação, maior o envolvimento com as organizações. Quase um quinto dos ouvidos (19%) com formação universitária estavam totalmente engajados se comparado aos 12% sem nível superior. Já sobre a posição que ocupavam, cerca de um quarto (24%) dos C-level e VP-levels estavam mais comprometidos, se comparado com os 14% de primeiro e médio níveis, e os 8% de colaboradores individuais.
Para conferir a pesquisa na íntegra, acesse: http://bit.ly/2JviyVL