6a edição do Índice de Confiança Robert Half também aponta o aumento do otimismo dos profissionais para se recolocar
De acordo com a 6a edição do Índice de Confiança Robert Half – ICRH, 85% dos profissionais desempregados entrevistados aceitariam ganhar um salário inferior ao que vinham recebendo para conseguir se recolocar no mercado de trabalho. Deste grupo, 31% consideram abrir mão de mais de 20% da remuneração anterior na negociação por uma nova oportunidade.
Tema da pesquisa – Até quantos por cento você estaria disposto a reduzir o salário, na comparação com que o ganhava anteriormente?
(Fonte: 6a edição do Índice de Confiança Robert Half)
% de redução | % de profissionais desempregados que aceitaria |
5% | 6% |
5% a 10% | 21% |
10% a 15% | 22% |
15% a 20% | 20% |
Acima de 20% | 31% |
“Cada profissional tem uma necessidade particular. Alguns aceitam a redução por verem as reservas financeiras acabarem, outros entendem que estavam com o salário inflacionado, há os que aceitam a redução quando visualizam a chance de progresso dentro da nova empresa, entre muitos outros motivos. Porém, independentemente da razão, a recomendação é ingressar na companhia com um projeto pessoal de provar ao empregador o próprio valor e, gradativamente, assumir novos desafios e recuperar os ganhos”, ressalta Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half.
Otimismo na recolocação – A 6a edição do Índice de Confiança Robert Half aponta ainda que 43% dos profissionais desempregados entrevistados têm grandes expectativas de se recolocar no mercado nos próximos seis meses, com nível de confiança variando entre alto (opinião de 31% dos desempregados) e muito alto (opinião de 12%). Na apuração da 5a edição do ICRH, lançada em agosto de 2018, o índice de desempregados com expectativas elevadas era inferior, somando 30% (23% estavam muito confiantes e 7%, confiantes). “Avalio como natural este aumento do otimismo dos desempregados, afinal, diante da definição das eleições, as empresas voltaram a considerar a retomada de projetos que estavam paralisados e isso sempre tende a refletir positivamente no sentimento dos profissionais”, explica Mantovani.
Tema da pesquisa – Como está sua confiança em conseguir se recolocar no mercado de trabalho nos próximos seis meses?
(Fonte: 6a edição do Índice de Confiança Robert Half)
nível de confiança | apuração da 5a edição do ICRH
(% de desempregados que acredita) |
apuração da 6a edição do ICRH
(% de desempregados que acredita) |
muito alta | 7% | 12% |
alta | 23% | 31% |
média | 34% | 32% |
baixa | 23% | 15% |
muito baixa | 12% | 9% |
Aos profissionais indecisos quanto a aceitar uma oportunidade de trabalho com salário inferior, Fernando Mantovani sugere a avaliação de três pontos da oferta:
- Benefícios totais – Nem só de compensações financeiras é feito um pacote de benefícios. Ter flexibilidade de horário, possibilidade de praticar home office, facilidade no trajeto, refeitório no local de trabalho e programas de bem-estar, são fatores que tendem a agregar muito em qualidade de vida.
- Oportunidades de crescimento – Na entrevista de emprego, procure entender com o recrutador o que o gestor espera de você à frente do cargo, se a empresa possui ações de apoio ao desenvolvimento profissional dos funcionários e o que precisaria ser feito para usufruir desse benefício. Mapeie o cenário no médio e longo prazo.
- Ambiente de trabalho – É comum ver profissionais pedindo demissão por terem um relacionamento ruim com o gestor e não por estarem descontentes com a empresa. Dessa forma, pesquise sobre o ambiente de trabalho, os valores praticados pela companhia, o estilo de gestão e o perfil dos pares de trabalho.