Estudo que mede o bem-estar de profissionais em 15 países, traça o perfil dos benefícios oferecidos pelas empresas no Brasil
O Barômetro 2016: Bem-estar no Trabalho, pesquisa global encomendada pela Edenred, detentora da marca Ticket, e realizada pela Ipsos para medir o nível de bem-estar no trabalho, identificou que a adesão das empresas a políticas de incentivo e de recompensas ainda é baixa. Apesar disso, a taxa de aceitação entre os trabalhadores para esses benefícios, bem como para outras vantagens como alimentação, refeição e cultura, é elevada.
Alta demanda por incentivos
De acordo com o Barômetro, 94% dos trabalhadores brasileiros gostariam de receber de seus empregadores cartões de premiação e de recompensas; 60% esperam que as empresas considerem essa política de incentivos uma prioridade; e 34% desejam a implantação do benefício, embora não acreditem que essa seja sua maior necessidade.
Cenário similar é visto com o tíquete-refeição: 93% esperam que as empresas ofereçam o benefício; 59% consideram que receber o voucher seja uma prioridade; e 34% valorizam o recebimento, mas não o creditam como imprescindível.
A instalação de restaurantes internos para refeição no local de trabalho, assistência à terceira idade, auxílio-creche e voucher para compra de alimentos no supermercado são prioridades para 45% dos entrevistados.
Potencial pouco explorado
Considerados como diferenciais na hora de optar por uma vaga de emprego, os cartões de incentivos, recompensas e premiações são oferecidos apenas a 17% dos trabalhadores brasileiros, de acordo com o Barômetro.
“Esses números refletem o enorme potencial do mercado de incentivos no Brasil, que ainda está em maturação. Consideramos que esse segmento oferece às empresas uma solução essencial, barata e eficiente para motivar os colaboradores, principalmente em um ano de crise econômica. É algo para se prestar atenção”, afirma Rodrigo Shimizu, Diretor de Estratégia e Marketing da BU Benefits.
Mas as ferramentas para motivar o funcionário vão ainda mais longe. Programas de incentivo a novos hábitos têm uma aceitação maior entre as empresas: 26% dos trabalhadores recebem estímulo para ter uma nutrição mais saudável, enquanto 21% das empresas oferecem algum tipo de encorajamento a pratica de esportes.
Benefícios mais valorizados
O vale-cultura, regulamentado pelo Governo Federal e com valor fixado em R$ 50, é um dos que possuem menor adesão nas empresas: apenas 15% dos trabalhadores entrevistados o recebem. Os benefícios de auxílio-creche (16%) e de assistência à terceira idade (14%) também são pouco oferecidos pelos empregadores, de acordo com a pesquisa.
Já entre os benefícios mais oferecidos aos trabalhadores estão os tíquetes-alimentação (41%) e refeição (33%). Em paralelo, 32% dos colaboradores entrevistados afirmam que têm direito ao almoço no próprio local de trabalho em um restaurante interno – eles não recebem, portanto, cartões como o Ticket Restaurante.
“Os benefícios de alimentação, refeição e cultura são regulamentados por leis (Lei do PAT e o Programa Nacional de Cultura), mas a adoção não é obrigatória. Mesmo assim, notamos uma aceitação representativa, que reflete a valorização desses produtos no mercado”, afirma Shimizu.
“No entanto, acreditamos que ainda há oportunidade de atingir um público ainda maior. A empresa que adere ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) tem abatimento de alguns encargos sociais, como INSS e FGTS, sobre o valor do benefício na declaração anual de renda. Isso gera, em média, desconto de até 4% nos impostos, o que atrai, naturalmente, as empresas”, conclui Shimizu.
Sobre o Barômetro
O Barômetro 2016: Bem-estar no Trabalho é uma pesquisa encomendada anualmente pela Edenred e realizada pelo Instituto Ipsos que mede a satisfação dos trabalhadores em relação ao emprego formal, ambiente da empresa e os benefícios recebidos. O estudo é feito há 10 anos na Europa e chega ao Brasil pela primeira vez em 2016, ano que a companhia completa 40 anos de atuação no país.
