A autenticidade permite que o dia a dia dos colaboradores fique um pouco mais fácil
Talvez um dos dilemas, e posso afirmar que um dos grandes desafios das organizações atualmente é em que medida ser autêntica. Ouso perguntar: existe limite para a autenticidade? Primeiro é preciso revisitar a definição de autenticidade. Uma das que mais gosto é: “A autenticidade é a natureza daquilo que é real e genuíno.” Vamos, então, agora detalhar sua aplicação dentro das organizações.
Antes de tudo a organização tem que facilitar e assegurar essa autenticidade. Mas, o que realmente isto significa? É dizer sempre a verdade? Disponibilizar todas as informações para os colaboradores?
Talvez seja um pouco de tudo, mas, sobretudo, é ter valores tão sólidos e vívidos que fazem com que cartazes que reafirmam valores sejam desnecessários, pois fazem parte do DNA da organização. Este, para mim, é o ponto mais sensível e crucial para a autenticidade.
Sem falar que isto se aplica a todas as atividades da empresa. Por exemplo, na hora da contratação quando há autenticidade, fica fácil para o entrevistado entender o que a empresa valoriza. E para o recrutador, também, fica claro o que deve enfatizar e procurar nos candidatos. Uma trilha excelente para que os melhores talentos sejam efetivamente contratados.
Além do que, uma vez dentro da organização, a autenticidade permite que o dia a dia dos colaboradores fique um pouco mais fácil. Pelo menos “as cartas” estarão mais à vista e assim os “caminhos” bem mais claros e sem atalhos. Para a liderança, isso gera um ambiente que permite à “motivação autentica”, ou seja, uma trajetória para resultados consistentes.
Parece utopia? Talvez! Mas, se estamos com cenários de constante mudança, nos quais a transformação é constante, ter as pessoas certas seguindo caminhos claros, não parece um ambiente favorável à transformação?
Por Irene Azevedoh, Diretora de Transição de Carreira e Gestão da Mudança – América Latina da Consultoria Global em Desenvolvimento de Talentos LHH