A previsão é de que a computação em nuvem seja uma das tecnologias que receberão mais investimentos ao longo de 2020, segundo o estudo “Tendências para Transformar Sua Empresa em 2020”, da CI&T, em parceria com a Opinion Box, que entrevistou 500 executivos brasileiros de tecnologia. A previsão de crescimento da receita global de nuvem pública é de 17% no período, de acordo com o Gartner Group.
Isso porque com a cloud é possível acessar informações de qualquer interface e lugar, o que facilita desenvolver negócios maduros ou emergentes. A tecnologia, por sua essência descentralizada e integrada, proporciona uma maior segurança, permitindo criar chaves de acesso e autenticações, fazer bloqueios e restrições, e outras formas de proteção de dados. Tudo praticamente em tempo real.
Essa mudança no paradigma de como transmitir, acessar e tratar informações, permite que as redes sejam aptas a atender exigências mais complexas, como as previstas com a chegada da LGPD. Importante lembrar que a lei será abrangente e se aplicará a qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que lide com dados pessoais.
Outra característica importante da cloud é permitir o investimento on demand, ou seja, somente quando necessário. As empresas podem contratar serviços de cloud conforme a real necessidade, sem necessidade de comprar mais do que precisa, ou fazer alguma reserva, uma vez que as mudanças e incrementos de serviços é realizada em tempo real. Essa otimização dos gastos, não é algo que pode ser desprezado quando se pensa em manter um negócio funcionando.
Segundo Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, algumas empresas estão percebendo isso hoje, mas outras já haviam notado que a nuvem seria essencial. “Há alguns anos a Megatelecom fez isso, criando rotas de conexão privada, entre as empresas e os fornecedores de cloud públicas, para que o acesso seja feito com velocidade e segurança”, destaca.
O mercado de telecomunicação está passando por um momento de mudanças, trazido, principalmente, por empresas que ofertam serviços mais inteligentes, dinâmicos e escaláveis. Para se ter ideia, a Microsoft anunciou em seus resultados financeiros do ano passado que a computação em nuvem da empresa gerou mais receita do que a divisão do sistema operacional Windows e o pacote de produtividade Office (Word, PowerPoint e Excel), que já foram seus “carros-chefes”.
Mas tudo isso só foi possível, porque a conectividade vem aumentando de forma consistente, tornando a nuvem o modo mais rápido de lidar com o enorme volume de dados gerados todos os dias. Ao mudar o paradigma, de uma rede robusta, com poucos pontos de acessos centrais, para uma rede descentralizada, preparada para receber múltiplas interconexões e acessos simultâneos, contando com inteligência para receber essas informações, interpretá-las e transmiti-las, o mercado de telecomunicações será a estrada, por onde a inovação do 5G, internet das coisas e outras tecnologias, passará. Essa evolução das redes, aconteceu de forma intrinsicamente ligada à evolução das clouds.
O que vem pela frente é o avanço. Não só da nuvem, mas do 5G e do IoT, todos eles andarão juntos. Ficar para trás já não é uma opção, por isso, o investimento nessa tecnologia continua e vai crescer ainda mais. É um caminho sem volta.