Nas empresas, é cada vez mais comum observar nos pacotes de benefícios itens como seguros de vida
Por Valdirene Soares Secato, Diretora de Recursos Humanos, Ouvidoria e Sustentabilidade do Grupo Bradesco Seguros
Em estudo recente da empresa global EY sobre as perspectivas para o mercado segurador, o desenvolvimento de pessoas é apontado como um dos principais investimentos para os próximos dois anos. As competências emergentes, as capacidades técnicas para atuar em novas ofertas e a experiência dos clientes e parceiros são destaques relacionados a esta tendência no setor. E eu, diretamente à frente do RH, a área responsável por promover este desenvolvimento nas empresas, percebo que essa análise do estudo está diretamente ligada à cultura do setor, ao “cuidar de pessoas”, um direcionador essencial para um mercado cujo produtos e serviços são para garantir proteção, segurança e bem-estar.
Nesse sentido, a área Recursos Humanos, dentro desse segmento, entra como promotora e facilitadora desse cuidado, com times dedicados a entender o mercado, as necessidades das pessoas, sejam elas funcionários, clientes ou parceiros, e atuar para que os benefícios ofertados, de fato, atendam às necessidades e demandas atuais.
Nesse sentido, elaborar e oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal para funcionários é essencial para toda companhia. Mas, no mercado segurador, os corretores de seguros são parceiros estratégicos e, por isso, devem ser contemplados quando ofertamos oportunidades de desenvolvimento de novas habilidades, de atualização quanto à inovação e tecnologia, além de treinamentos que promovam a saúde mental e o bem-estar. Isso porque esses profissionais – se relacionam com nossos clientes e refletem nossa cultura.
Um outro fator que pode servir como direcionador é que a busca pelo cuidado, tendo o seguro como alicerce, vem ganhando espaço e se mostrando cada vez mais importante para muitos brasileiros. Dados de uma pesquisa inédita, realizada recentemente pela agência Edelman, a pedido do Grupo Bradesco Seguros, com ‘segurados ou interessados’ em contratar algum seguro nos próximos seis meses, mostram que dentre os perfis predominam brasileiros casados e com filhos, o que indica que este público tem maior preocupação em adquirir essas proteções. É interessante fazer o exercício de analisar esses dados de dentro de uma seguradora com milhares de funcionários.
Em muitas empresas, cada vez mais notamos nos pacotes de benefícios, por exemplo, seguros de vida, e entendemos que esse produto pode impactar na preferência do funcionário por uma determinada companhia, uma vez que trazem uma opção relevante e que precisa ser levada em conta quando falamos em qualidade de vida. O que faz sentido porque presenciamos um movimento importante: os brasileiros começam a enxergar e valorizar esse ‘cuidado no centro de tudo’. Ao entender o valor deste modelo de proteção, as famílias podem se planejar, se organizar e entender melhor como usar as apólices em várias situações e momentos da vida. Afinal, a proteção e a qualidade de vida andam juntas.
Contudo, entendemos que o RH do mercado de Seguros possui uma visão que vai além dos funcionários, se estende para parceiros de negócios e clientes, e o comportamento do setor interfere diretamente na forma como cuidamos e desenvolvemos pessoas. Com isso, é fundamental adotar medidas que visem um futuro com qualidade financeira e de vida para todas essas pessoas, entendendo que a proteção em todos os âmbitos é uma realidade e que deve ser considerada para uma vida melhor e com mais garantias de tranquilidade.
Com esse norteador, é importante continuarmos atentos aos estudos de mercado, da sociedade e da economia para direcionar nossas ações dentro de casa, que estimulem os funcionários e parceiros de negócios a propagar cada vez mais essa “cultura do cuidar”.