A cultura organizacional é peça-chave para o desempenho de empresas no mercado atual, influenciando diretamente na retenção de talentos, engajamento das equipes e construção de resultados sustentáveis.
Ambientes seguros, diversos e inovadores atraem e fidelizam talentos engajados, que apresentam melhor produtividade e maior disposição para crescer junto com o negócio. Insights como esse foram debatidos em um episódio da série Powered by People, podcast da AMcom.
De acordo com o Instituto Great Place to Work (GPTW), a construção da cultura organizacional tem um papel determinante no desempenho de uma empresa no mercado, independentemente do seu porte. É por meio dela que todos os colaboradores olham na mesma direção e contribuem para o crescimento coletivo da organização.
“Considerar esse pilar com a atenção que ele requer pode elevar o nível da empresa a um novo patamar de posicionamento. A cultura de uma empresa é sentida assim que se atravessa a porta — ela precisa ser percebida. Um grande desafio para os líderes é manter essa cultura diante da diversidade de modelos de atuação que temos hoje”, comenta Andréia Rengel, CEO da AMcom, empresa referência no mercado de tecnologia, especializada em desenvolver, manter e evoluir soluções personalizadas para a transformação digital de grandes companhias.
Dentro desse cenário, outros fatores também são fundamentais para a manutenção da cultura organizacional.
“Cultura é a base de qualquer relação. É um conjunto de comportamentos, valores, crenças e normas. Dentro das empresas, ela serve para que as pessoas se sintam à vontade para crescer e se desenvolver. Por isso, é fundamental que a empresa ofereça oportunidades para que os profissionais coloquem o seu melhor em prática — isso é imperativo para reter bons talentos”, explica Tatiana Futuro, psicóloga organizacional e especialista em desenvolvimento de pessoas.
A especialista reforça que, quando encarada como estratégia, a cultura organizacional se torna um organismo vivo, que exige mudanças, alinhamento de comportamentos e construção constante.
Em um momento em que o conceito de marca empregadora ganha força, o chamado fit cultural entre colaborador e empresa começa muito antes da contratação. Atrair pessoas com sinergia com a cultura da organização é uma estratégia assertiva para retenção e crescimento de talentos.
“Na era digital, o colaborador é um dos maiores porta-vozes da organização. O que ele posta, o que ele expõe, também comunica sobre a cultura da empresa. Por mais que a estratégia corporativa esteja bem definida, se a organização não olhar para as pessoas e não entender como elas se encaixam naquele contexto e como vão responder aos desafios, o sucesso do negócio estará comprometido”, afirma Josiane Gallassini, especialista em cultura organizacional, comunicação e sustentabilidade da Cooperativa Central Ailos.
Andréia reforça que as empresas estão em busca de equilíbrio entre manter as melhores práticas de gestão, com equipes engajadas e felizes, e alcançar resultados sustentáveis.
“Os líderes precisam inspirar e desenvolver suas equipes por meio de práticas de gestão inovadoras e humanizadas. A cultura organizacional tem papel central nesse processo, pois precisa ser constantemente alimentada e transformada, sempre com foco na perenidade da organização”, destaca a CEO.
Eduardo Kayser, diretor de Pessoas da AMcom, complementa ao destacar a liderança como o principal canal de comunicação dentro de uma empresa — e, por isso, responsável direto pela fluidez dos processos e pelo engajamento das equipes.
“Se o líder não faz a comunicação fluir, ela cria um gap. A liderança é quem leva, mas também quem traz. O gestor precisa estar atento ao desempenho das suas equipes e desenvolver mecanismos que unam as pessoas em torno das demandas internas — seja no cumprimento das tarefas, seja no desenvolvimento profissional individual”, ressalta Kayser.
Por fim, os especialistas destacam o quanto a diversidade impulsiona as organizações e tem papel estratégico na construção da cultura corporativa.
“Acredito que a diversidade traz inovação, porque é um exercício de aprender sobre o outro. Um ambiente diverso, por si só, já é inovador”, comenta Andréia.
“Um ambiente que transmite segurança, abertura e verdade promove mudanças com impacto positivo no cotidiano corporativo — com mais engajamento, produtividade e, consequentemente, melhores resultados. Caso contrário, a empresa perde grandes oportunidades de melhoria. A diversidade está diretamente ligada a isso: ao quanto o ambiente permite que eu seja quem sou”, conclui Josiane.