Editado pela Citadel Grupo Editorial (RS), livro de filosofia pretende atrair leitores ainda não familiarizados com o assunto. Publicação tem prefácio escrito pela Monja Coen Roshi, formato pocket, preço acessível e já está disponível em livrarias de todo o país.
A foto em preto e branco de um bebê ao lado de um joão-bobo está logo na abertura do livro A Felicidade é Inútil, escrito por um dos mais relevantes pensadores da atualidade, o Prof. Clóvis de Barros Filho. O título provocativo é sustentado por um autoquestionamento: para que ser feliz?
Filósofo, palestrante e acadêmico experiente, em seu mais novo livro (de quase 30 outros anteriores) Prof. Clóvis se debruça na filosofia de que vale mesmo a pena viver o instante e aproveitá-lo, pois, ele em si deve se bastar – não tendo, portanto, uma utilidade, ou um outro fim. “Faço aqui uma espécie de defesa da vida. Alguns momentos da existência se bastam e esgotam neles mesmos a sua razão de ser”, explica. “Passam sem você se dar conta, com uma duração falseada pelo espírito, pois são tão incríveis que você desliga a sensação de passagem do tempo. Nesses momentos é que se tem a sensação que passou rápido demais e poderia durar um pouco mais tempo. Cada segundo da vida que você pensa que poderia durar mais, é um instante de vida perfeitamente inútil, por isso mesmo, extremamente feliz”, completa.
Com pertinente prefácio escrito pela Monja Coen Roshi, o autor, de 54 anos, marca que o livro A Felicidade é Inútil não se propõe a ensinar ninguém a ser feliz, tampouco a viver momentos de felicidade. Explica até mesmo que a palavra “felicidade” no título da publicação é uma isca, então logo na introdução se dispõe a explicar para prevenir quaisquer equívocos de expectativa na entrega de receitas de felicidade. “O livro busca, por meio de situações muito cotidianas, mostrar o que podemos entender por felicidade e, sobretudo, mostrar que quase sempre essa felicidade está presente em situações de completa inutilidade, isto é, situações que não são entendidas como instrumento para nada, meio para nada, caminho para nada, mas são momentos que, por um mero acaso ou mesmo num cenário planejado, não precisam de mais nada para valer. Elas não dependem de outra para realizar seu valor”, comenta o autor.
Em tamanho 10×14 cm, leve e prático de transportar, o livro se propõe não apenas a ser levado para qualquer lugar, mas também para presentear e ser lido em qualquer espaço, sem a dificuldade de carregar um volume grande demais. O público, ainda sem familiaridade com a leitura de filosofia, agora tem uma publicação que ajuda a entrar nesse ambiente por meio de uma linguagem mais leve do que o habitual dos livros de filosofia, com um vasto repertório de exemplos do cotidiano. O professor utiliza-se ainda de filmes renomados e histórias do cotidiano para explicar conceitos filosóficos”, explica Marcial Conte Jr, editor da Citadel Grupo Editorial. “Além, é claro, do habitual encadeamento de ideias, de forma genial e divertida, do prof. Clóvis. Por conta disso estamos ampliando os pontos de venda para além das livrarias, para que o público encontre o livro em outros lugares”, completa.
Para Clóvis de Barros Filho, a perspectiva de escrever um livro de bolso é de criar com o leitor uma certa intimidade física, decorrente da maior portabilidade. “A ideia é romper com o relativo estranhamento, a distância, entre as pessoas e os livros. O livro pocket permite que o texto acompanhe o leitor por onde ele estiver. Sem falar que o formato é econômico, portanto, mais democrático”.