Para você, a palavra “subordinado” é uma ofensa? Quando alguém se dirige a você assim ou quando você mesmo usa o termo sente que está se referindo a alguém que não tem valor? Pois é hora de mudar e ressignificar esse conceito. Para ajudar a construir uma nova visão das camadas mais baixas da pirâmide organizacional do trabalho, chega ao mercado o livro “O Subordinado”, que, diferentemente da maioria da literatura que fala sobre carreira, prioriza o ponto de vista daqueles que ainda não são líderes no ambiente corporativo. E que talvez nem queiram ser. “Minha proposta é sair desse ciclo de achar que a felicidade está no amanhã, lá fora, nos bens materiais ou nos cargos de liderança, e expandir o conceito de carreira para além do emprego”, afirma a autora, Beatriz Machado.
Formada em Administração de Empresas, com MBA em Gestão de Negócios, Beatriz trabalha atualmente na área de marketing de uma multinacional. Apesar de sempre ter atuado com o que ama, alguns aspectos de seu trabalho começaram a causar ansiedade e insegurança em relação a seu valor e suas escolhas. Foi então que decidiu estudar o assunto e buscar formações em desenvolvimento pessoal e carreira. Hoje, é autoridade em Branding Pessoal, com quase 10 anos de atuação em gestão de grandes marcas, formação em coaching, mentoria de carreira e diversos cursos de branding e desenvolvimento pessoal. Através do livro, ela mostra ferramentas para que o leitor se torne responsável pela sua carreira, desenvolva o autoconhecimento e use seu tempo para aprender e, de fato, reconhecer e comunicar seu valor como profissional.
“Quanto li sobre branding pessoal e a ideia de utilizar as ferramentas de criação e gerenciamento de marcas, que já utilizava há anos com foco em produtos, mas agora com foco em pessoas, uma luz se acendeu. Profissionais autônomos, empreendedores e artistas, por exemplo, já fazem isso há muito tempo. Mais recentemente, até grandes líderes, principalmente CEOs, gerenciam a si mesmos como marcas. Então porque não expandir os benefícios disso para todas as pessoas independentemente do nível hierárquico?, questiona.
Nesse processo, surgiu o livro “O Subordinado”, que explica porque as coisas são como são no mundo do trabalho e levanta questionamentos sobre motivação, relação entre subordinados e líderes, entre outros. Depois da teoria, a autora aposta na prática e indica aos leitores exercícios e tarefas para que eles se conheçam e iniciem sua jornada usando as ferramentas de branding pessoal explicadas pela especialista. Em um desses exercícios, por exemplo, a autora pede que os leitores pensem em como se descrevem. Essa tarefa de autopercepção mostra que nos encontramos em dois grandes grupos: os que se descrevem melhor do que realmente são e os que se descrevem pior. Beatriz detalha motivos que nos levam a fazer isso, e a importância de saber quem realmente somos para saber quem queremos ser.
Essa é apenas uma pequena amostra de todos os questionamentos e reflexões que o livro traz em sua missão de ajudar os profissionais do “meio e base da pirâmide” a se desenvolverem pessoal e profissionalmente. “Quero que eles sejam felizes no presente, e não acreditem na ideia de que só quando forem líderes a felicidade chegará. O propósito maior do livro é que todos nós, colaboradores, tomemos uma posição ativa no desenvolvimento do futuro do trabalho, porque apenas através do reconhecimento do nosso valor e de uma comunicação mais autoconfiante, conseguiremos equilibrar melhor a balança do sistema a partir dos nossos interesses”, finaliza a autora.