As mulheres já representam mais de 49 milhões de empreendedoras no Brasil. Numa pesquisa recente realizada pela Rede Mulher Empreendedora, 38% dos negócios conduzidos por mulheres representam a única fonte de renda familiar e 83% dos negócios conduzidos por mulheres têm ao menos metade do seu quadro de funcionários compostos por mulheres.
Nos últimos anos, a presença e o reconhecimento das mulheres aumentou bastante. Isso tem sido algo de grande valia. Atualmente grandes empresas estão orientadas para a construção de um legado sólido formado pela diversidade, isto é, na soma das competências, num time formado por homens e mulheres onde o respeito, a diversidade e o foco no objetivo principal, superam o EGO e a vaidade, onde a capacidade sempre será mais relevante do que gênero ou cor.
Vivemos um momento de muitas transformações que oferece uma oportunidade para criar mudanças que sejam sustentáveis. A hora é agora. Pela primeira vez na história temos uma mulher como vice-presidente de uma das mais importantes nações do mundo. A jornada apenas começou.
Um estudo da Delloite demonstra que empresas que possuem uma cultura inclusiva tem 6 vezes mais chances de ser inovadora, e com isso também atingir as metas financeiras. Em 1995 não tínhamos mulheres como CEO na lista das 500 maiores empresas listadas pela Fortune. Em 2020 as mulheres CEO já representam 8%.
Por outro lado, no Brasil acompanhamos iniciativas e movimentos sólidos promovendo a inclusão das mulheres nos Conselhos Empresariais e a ampliação da ideia de que os negócios devem ter um propósito maior, que vá além do geração do lucro. Esse movimento defende que a razão social de ser uma organização deve estar alinhada à sua estratégia e à sua forma de ganhar dinheiro. É justamente esse alinhamento que fará com que a empresa seja relevante no mundo.
Fazendo um paralelo entre o capitalismo consciente e a forma de gestão das mulheres em cargos de liderança, as mulheres estão se destacando principalmente após o momento de grande impacto causado pela pandemia, pela resiliência, pela vontade de aprender e criatividade em buscar soluções diferentes.
Empreender com negócio próprio ou numa carreira executiva ainda é uma tarefa solitária nas tomadas de decisões, porém as mulheres já reconhecem nas redes de relacionamento as oportunidades de desenvolverem novas habilidades e capacidades como empresárias, e também de fazer novos negócios. Também vivenciamos uma grande indústria de bens de consumo direcionando o seu time para coordenar e desenvolver um programa de capacitação para empreendedoras com potencial de serem fornecedoras para a empresa. Tudo isso sem que as empresárias precisassem investir dinheiro.
Outras empresas também se destacam no apoio ao Empreendedorismo Feminino e colocam à disposição das empreendedoras todo um treinamento e estrutura de consultores durante um ano de acompanhamento dos seus negócios. As mulheres são perfeccionistas por natureza e não aceitam tirar menos que 10 em todas as caixinhas. Com a pandemia, também aceitar as vulnerabilidades ficaram evidentes, e isso não é sinônimo de fraqueza, e sim de sabedoria. Saber fazer o que precisa ser feito de forma correta e na hora que é possível fazer.
Aliadas às gestões dos negócios, as mulheres assumiram, em grande parte, a gestão do lar, da família, orientação escolar dos filhos e também foi o apoio emocional para os companheiros. Em pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora, 20% das entrevistadas afirmaram que tiveram dificuldade em organizar o tempo e realizar todas as tarefas. Hoje 59% das empreendedoras são casadas e 52% tem filhos.
A importância do empreendedorismo Feminino e manutenção das mulheres em cargos de liderança traz resultados. Utilizem em suas equipes as habilidades naturais de gestão, porque as mulheres cuidam das empresas, das pessoas e da sociedade com o mesmo afinco.
Conexões e pessoas movem o mundo. Se conectem com associações, redes de relacionamento que fomentem o empreendedorismo feminino no Brasil. Lembre-se que é muito mais do que uma questão de conquistar um espaço, e sim de somar competências num time e principalmente atuar como Sponsor para outras mulheres que você tem a oportunidade de formar como líder.
Conheçam o seu negócio , o seu mercado de atuação e apresentem aquilo que você faz de melhor. Deixe claro qual é o seu PROPÓSITO.
Por Luciana Carmo, especialista em curadoria de negócios