Eduardo Gouveia, presidente da Alelo, destaca o impacto deste benefício para os trabalhadores e empresas
Com mais de 30 anos de carreira, Eduardo Gouveia, presidente da Alelo, iniciou sua trajetória profissional no banco Banorte, na cidade de Recife, como programador de sistemas. Passou por áreas diversas no banco, como produtos e marketing e área comercial, e acabou se tornando gerente geral da agência. Atuou também como empresário do ramo de distribuição de alimentos. Após essa experiência, migrou para o varejo, em uma rede regional de Pernambuco, na qual foi diretor da Hipercard, e depois diretor de marketing da empresa. Já no Wal-Mart foi vice-presidente de marketing. Antes de ingressar na Alelo, há dois anos, atuou na Multiplus, empresa de fidelidade da TAM, como vice-presidente de vendas e marketing e depois presidente da companhia. Acompanhe a entrevista:
MUNDO RH – Qual tem sido a importância do setor de cartões de benefícios no Brasil?
EDUARDO GOUVEIA – O setor de cartões-benefício é extremamente importante para a economia brasileira, estando intimamente ligado ao desempenho e à capacidade produtiva do País. Estamos presentes na vida de milhares de colaboradores, que utilizam os cartões para se alimentar em restaurantes, comprar alimentos em supermercados ou consumir produtos culturais; somos parceiros do RH, que tem no cartão-benefício uma importante ferramenta de atração e retenção de talentos, e, por fim, ajudamos a alavancar as vendas dos estabelecimentos que aceitam nossos cartões. Ou seja, são ganhos que favorecem todos os agentes da cadeia.
Do ponto de vista social, é essencial ressaltarmos o trabalho que nossa indústria realiza para promoção da alimentação saudável, já que é sabido o quanto funcionário bem nutrido produz melhor. Neste cenário, a Alelo conta hoje com mais de 430.000 estabelecimentos comerciais credenciados, 100.000 empresas-clientes e cerca de 6 milhões de usuários. Mesmo com números tão positivos, o mercado ainda tem muito espaço para penetração.
MUNDO RH – Qual é o impacto deste benefício para os trabalhadores e empresas?
EDUARDO GOUVEIA – Os cartões oferecem uma série de vantagens tanto para as companhias que os escolhem quanto para os usuários finais destes produtos. Temos no mercado um portfólio completo de soluções que vão de cartões-benefício a cartões pré-pagos e gestão de despesas corporativas para empresas de todos os portes em todo o país.
MUNDO RH – De que forma a adoção do cartão benefício impacta na redução de custos em alimentação para a empresa?
EDUARDO GOUVEIA – As vantagens vão desde a atração e retenção de profissionais, satisfeitos com seus benefícios, a uma economia de encargos sociais e incentivo fiscal para as companhias que operam pelo sistema de lucro real ou lucro presumido, esta última prevista no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).
MUNDO RH – Qual tem sido a estratégia da empresa para conscientizar o RH das empresas sobre a importância de ser oferecer o cartão-benefício aos seus colaboradores?
EDUARDO GOUVEIA – Empresas de todos os tamanhos e setores de mercado podem adquirir nossos produtos, mesmo aquelas que possuem apenas um funcionário. O mercado oferece um portfólio diversificado e atende às necessidades das companhias. Além disso, com uma ampla rede de estabelecimentos conveniados.
Somos uma empresa feita de pessoas e para pessoas, que apresenta uma proposta de valor para seus clientes e isso inclui o investimento em novas tecnologias. Nós fomos a primeira companhia do país a substituir os antigos vouchers de papel por cartões com tarja magnética e, posteriormente, para o uso de chips.
Oferecemos produtos de qualidade, que contribuem na gestão, agregando valor e acompanhando a evolução e o crescimento das companhias. Buscamos parcerias que possam oferecer vantagens e diferenciais de compra para os trabalhadores que se utilizam de nossos benefícios, conforme falamos. Outra ação da Alelo é a pesquisa Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro – Já tivemos duas edições e agora ela passará a ser bianual. O objetivo é entender com mais profundidade os hábitos alimentares e a prática de esportes do trabalhador brasileiro e dar subsídios aos nossos clientes. Nós estamos constantemente atentos às tendências e às necessidades de todos os nossos clientes: RHs, usuários e estabelecimentos comerciais.
MUNDO RH – Qual é a sua visão de CEO em relação ao investimento no capital humano?
EDUARDO GOUVEIA – Acredito que o maior ativo de uma empresa é o colaborador. É fundamental valorizar o profissional que está em seu time e oferecer condições para que essa pessoa possa desenvolver e aplicar todo o seu potencial. Isso significa não só investimentos em capacitação – nossa liderança, por exemplo, passa por um curso de formação no momento, conduzida por uma das mais respeitadas consultorias do País –, mas um ambiente de trabalho adequado e qualidade de vida para o funcionário.
Na Alelo, acreditamos que um profissional que vive bem trabalha melhor. Internamente, temos uma série de ações com foco no bem-estar dos nossos profissionais. A começar pela oferta diária e gratuita de chás, cafés, biscoitos e frutas para consumo dos colaboradores. Disponibilizamos também uma vending machine com saladas, iogurtes e sanduíches naturais, um carrinho de snacks saudáveis circula pelo escritório, além de máquina de suco saudável. Oferecemos ainda, um programa de parceria com academias espalhadas por todas as regiões da cidade e nosso escritório conta com uma sala especial para manicure e massagens.
EDUARDO GOUVEIA – Qual é o perfil dos colaboradores que atuam na Alelo?
A Alelo é uma empresa que tem a inovação como parte do seu DNA, ou seja, investir em tecnologia faz parte do nosso jeito de trabalhar. Por isso, para trabalhar na Alelo o profissional deve ter esse espírito inovador. Hoje temos muitos profissionais jovens. A média de idade dos colaboradores gira em torno dos 30 anos, ou seja, são muitos os representantes da geração Y. Esse é um pessoal que cresceu entre as décadas de 80 e 90, acompanhando os saltos tecnológicos vividos nos últimos anos e que, por isso, se sente muito à vontade em uma operação pautada por novidades.