Por Fabiano Arroyo, diretor de RH da Amazon no Brasil
De acordo com estatísticas publicadas pela empresa de recrutamento americana Legal Jobs, mais de 75% dos funcionários acreditam que fazem seu melhor trabalho quando estão fortemente engajados com a cultura e ações internas. Isso porque colaboradores engajados são mais felizes e motivados em suas rotinas. Isso também está relacionado ao bem-estar ou a uma satisfação caracterizada por um alto nível de energia e identificação com o próprio trabalho, o que proporciona mais conexão e contribui com o envolvimento e senso de pertencimento em relação a própria empresa.
Cada vez mais, as empresas buscam integrar em seu ambiente organizacional estratégias efetivas de gestão de pessoas, procurando garantir a qualificação e motivação de seus associados. Segundo um artigo da Havard Business Review, The Power of Hidden Teams, ‘Engajamento é um conjunto de sentimentos que os indivíduos têm por si mesmos, seu trabalho e por seus colegas que os levam a fazer o seu melhor, de forma que se sintam realizados’. Ou seja, os sentimentos relacionados ao ambiente, ações e as pessoas do trabalho que fazem com que o colaborador se empenhe e se sinta realizado.
Existem diversas maneiras que as organizações podem investir no engajamento interno: oferecendo boas remunerações e benefícios e até criando treinamentos e recursos que permitam o aprendizado e desenvolvimento de novas habilidades.
Dar aos associados a oportunidade de participar das escolhas organizacionais também é primordial para ambientes de trabalho mais inclusivos e inteligentes. É necessário pensar e cocriar modelos internos para adotar sugestões e recomendações, para as pessoas sejam e se sintam parte do poder de decisão, estando também ligadas à responsabilidade social inerente a todos negócios.
Aqui na Amazon, por exemplo, fornecemos ferramentas e oportunidades para facilitar que os funcionários contribuam com suas comunidades locais por meio de doações e atividades de voluntariado. Seguindo a nossa missão, damos voz para que se identifiquem, apresentem e se voluntariem para apoiar causas que estejam alinhadas com seus próprios princípios. Por isso, implementamos uma campanha global que convida a equipe a identificar as necessidades imediatas de diferentes comunidades e indicar organizações que desejam apoiar.
Com o auxílio deles, fazemos parcerias com organizações comunitárias regionais e nacionais abraçando projetos importantes, relacionados a proporcionar uma boa alimentação, saúde e bem-estar, desalojamento e assistência em casos de catástrofes, educação, diversidade, equidade e inclusão.
Durante os últimos anos, percebemos internamente que fomentar a cultura de doação desperta a satisfação em ajudar o próximo, um sentimento insubstituível e que aumento o engajamento dos colaboradores e empresa. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 95% das companhias brasileiras veem o tema de ESG como prioridade. Vale reforçar que a sigla corresponde a princípios ambientais, sociais e de governança, observando estes critérios de maneira integrada, praticando o respeito às leis ambientais, diretrizes de governança claras e, claro, engajamento dos colaboradores.
O desenvolvimento de ações de responsabilidade social é fundamental para negócios que buscam um futuro sustentável e lucrativo – um estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisa Gallup, indica que empresas com maior nível médio de engajamento de seus colaboradores geram 21% a mais de lucro. Criar iniciativas internas (e consequentemente externas) voltadas para o tema, mostra que uma organização busca impactar positivamente seus associados, clientes e a sociedade como um todo. A base de uma política de responsabilidade social corporativa sólida é formada essencialmente pelo engajamento dos colaboradores. Um ambiente participativo tem tudo para dar certo: os colaboradores se sentem engajados, as comunidades assistidas e a empresa, alimentada com sugestões que a levam para fora de sua zona de conforto.