Autossabotagem profissional: Fulano e a arte da resistência ao sucesso
De forma inusitada, eu me deparei com o personagem do dia: o protagonista de uma trama épica de autossabotagem profissional. O palco? Uma moderna selva de pedra, onde criaturas de gravata e terno povoam arranha-céus e batalham diariamente por uma fatia do bolo corporativo. O nome desse protagonista é Fulano – um nome comum, para um problema nada comum.
Fulano é um sujeito competente, dedicado, e bem-educado. Não há um colega sequer que não tenha uma boa palavra para dizer sobre ele. No entanto, ao longo da carreira, Fulano construiu uma habilidade fascinante: a da autossabotagem. Se há uma oportunidade de brilhar, lá está ele, envolto em um nevoeiro de insegurança e medo de fracassar. Se há uma chance de promoção, ele habilmente escorrega em uma casca de banana que ele mesmo jogou.
Por que, você pergunta, um ser profissionalmente habilidoso escolheria sabotar-se? Ah, essa é a pergunta de um milhão de dólares! Mas vou tentar lhe dar a resposta de graça. A autossabotagem é como um cacto adquirido em um impulso, e que apesar dos espinhos, nos recusamos a nos livrar. É algo que conhecemos, é previsível, e no fim do dia, é confortável.
Agora, Fulano não é o único. Na verdade, ele é apenas um de muitos na grande confraria da autossabotagem. E se você se identificou com a história dele, tenho boas e más notícias. A má notícia é que ninguém pode ajudar Fulano a subir na montanha da carreira além de Fulano. A boa notícia? Ninguém pode ajudar Fulano a subir na montanha da carreira além de Fulano!
E como se combate essa criatura estranha e espinhosa da autossabotagem? Não, não é com uma armadura brilhante de autoconfiança desmedida, mas sim com o escudo resistente da autoconsciência. Entender que a autossabotagem é um monstro que criamos em nossas cabeças e que não há casca de banana no caminho a não ser aquela que nós mesmos jogamos.
Pode parecer simples, e talvez seja. Talvez a chave seja reconhecer o valor de nossas próprias habilidades, aceitar elogios como verdadeiros, e entender que fracassos são apenas degraus na longa escada da montanha da carreira. E quando nos depararmos com uma casca de banana, quem sabe possamos recolhê-la, jogá-la no lixo e seguir em frente?
No fim do dia, lembre-se: a única pessoa que pode realmente sabotar sua carreira é você. Então, tire o pé do próprio caminho e permita-se chegar ao topo. E lembre-se de dizer olá para Fulano quando o encontrar por lá!