As empresas mais visionárias estão apostando na saúde mental dos funcionários para fortalecer a produtividade, diminuir afastamentos e retenção de talentos
Da redação @MundoRH
À medida que as doenças mentais atingem proporções epidêmicas globalmente, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) projetando que a depressão será a principal causa de incapacidade até 2030, as empresas estão começando a reconhecer a importância dos programas de saúde corporativa. Empresas norte-americanas, reconhecidas por sua abordagem inovadora, estão liderando o caminho, investindo ativamente em saúde e bem-estar mental de seus funcionários, e os resultados são impressionantes.
A gigante da tecnologia Google, por exemplo, vem investindo em programas de saúde mental há anos. Seu programa “Blue Dot”, uma iniciativa que permite aos funcionários marcar discretamente que precisam de apoio psicológico, resultou em uma queda acentuada nos índices de esgotamento e depressão. O Google também notou um aumento de 20% na produtividade e satisfação dos funcionários desde a implementação do programa.
A Johnson & Johnson, multinacional americana de produtos farmacêuticos e médicos, também tem feito investimentos significativos em programas de saúde mental. Seu programa “Healthy Minds”, que promove treinamentos em resiliência, assistência psicológica e mindfulness, ajudou a empresa a reduzir o absenteísmo em 15% e a economizar cerca de 250 milhões de dólares em custos de saúde.
Mas, não são apenas as gigantes que estão percebendo os benefícios. Startups e pequenas empresas também estão reconhecendo a importância do investimento em saúde mental. A startup californiana de tecnologia Asana, por exemplo, implementou políticas como meditação e ioga no local de trabalho, juntamente com um foco forte no equilíbrio entre vida profissional e pessoal, resultando em aumento na retenção de funcionários e produtividade.
Estudos da Universidade de Warwick, no Reino Unido, mostram que a felicidade leva a um aumento de 12% na produtividade, enquanto o descontentamento reduz a produtividade em 10%. A Harvard Business Review informa que o esgotamento – que é em grande parte impulsionado pela negligência da saúde mental – custa à economia americana de 125 a 190 bilhões de dólares por ano em custos de saúde.
A mensagem para as empresas de todo o mundo é clara: ignorar a saúde mental de seus funcionários é caro, enquanto investir em programas de saúde corporativa resulta em funcionários mais felizes, saudáveis e produtivos. A medida que a conscientização sobre a saúde mental continua a crescer, espera-se que mais empresas adotem essa abordagem proativa, redefinindo o ambiente de trabalho moderno e construindo um futuro mais sustentável para todos.