Uma cultura inclusiva deve ser baseada no respeito à individualidade de cada talento; ao serem valorizados, aceitos, pertencentes e respeitados, os profissionais performam melhor, pois podem executar suas entregas livres de julgamentos a qualquer dimensão de sua personalidade
Por Adriana Alencar, vice-presidente de Recursos Humanos da Mosaic Fertilizantes
Diálogos sobre como garantir a participação de múltiplos talentos de forma inclusiva têm tomado cada vez mais espaço nas agendas corporativas. Quando falamos em diversidade, estamos reconhecendo a pluralidade e ressaltando a grande variedade de profissionais que trazem uma rica bagagem com perspectivas diferentes em vários aspectos, como gêneros, culturais, sociais, etárias, acadêmicas, étnicas, raças, linguísticas, entre outras.
Uma cultura inclusiva deve ser baseada no respeito à individualidade de cada talento; ao serem valorizados, aceitos, pertencentes e respeitados, os profissionais performam melhor, pois podem executar suas entregas livres de julgamentos a qualquer dimensão de sua personalidade. Se a inclusão é proposta e executada com intenção genuína, ela faz sentido, conscientiza e gera engajamento em todos os aspectos. Quando valores individuais são aderentes aos propósitos da empresa, cria-se conexão e um ambiente de mais engajamento, empatia, flexibilidade, e desenvolvemos uma série de outras competências.
Por isso, o trabalho diário de todos da empresa deve ser centrado na eliminação de vieses, preconceitos e discriminações, para que os talentos sejam manifestados e desenvolvidos em um espaço em que todos são tratados com dignidade e respeito. Para além de ações afirmativas, a defesa da diversidade deve pautar o comportamento de todos da organização, independentemente de cargo e área.
É claro que a intencionalidade de um ambiente diverso tem de estar em programas de recrutamento e seleção, nas promoções e desligamentos e, principalmente, na aderência de valores para que tudo realmente aconteça na prática. Os melhores programas corporativos de inclusão são baseados em aprendizado contínuo, escuta ativa, debates e intersecção com os valores e propósitos das empresas.
Alinhando a diversidade e a inclusão com os valores da empresa e tornando esse compromisso público, as chances de obter e gerar times multidisciplinares que contribuem e crescem são altíssimas. Os benefícios são incalculáveis.
As inteligências multidisciplinares que se desenvolvem nos bastidores diários das empresas são as reais autoras da inovação (uma vez que esta não se limita à tecnologia), principalmente quando trabalham baseadas na construção conjunta. Essa capacidade de flexibilidade e adaptabilidade para aprender, desapegar e reaprender traz uma gigantesca velocidade para que pensamentos distintos possuam potencial para revolucionar maneiras antigas de pensar. Assim, com a geração de ideias, é possível chegar a resultados inéditos, provocando construções e adequações de novas realidades, mais modernas e contemporâneas.
A transformação pela inclusão só acontece a partir da educação, com o propósito de gerar conscientização e engajamento, que se concretizam em ações que empoderam a diversidade de talentos a protagonizarem as inovações e revoluções tão necessárias ao mundo.
