Entenda o que é o mapeamento arquitetônico e a acessibilidade atitudinal e como as empresas podem se comprometer com a diversidade e inclusão de pessoas com deficiência.
Fazer resoluções de Ano Novo é algo muito comum, até mesmo para as empresas que planejam implementar novas ações para criar espaços de trabalho mais inclusivos e acessíveis para seus colaboradores e para a atração de novos talentos dentro das companhias. Por isso, muitas organizações já têm investido em soluções e treinamentos a fim de tornar o ambiente de trabalho acessível para pessoas com deficiência, não apenas na adequação física, mas principalmente na transformação atitudinal na cultura e liderança das organizações.
Atualmente, o Brasil possui 18,6 milhões de pessoas com deficiência, de acordo com dados do PNAD (2023), ou seja, 8,9% da população possui algum tipo de deficiência, seja ela visual, auditiva, física, intelectual ou múltipla, quando existe a associação de duas ou mais delas, incluindo também as pessoas neurodivergentes. Além das adaptações diárias e particularidades, a carreira profissional e o mercado de trabalho também são um desafio para essas pessoas que se deparam com a falta de preparo das lideranças e ausência de acessibilidade nos espaços corporativos.
Letícia Santana, Consultora e Palestrante da CKZ Diversidade, especialista em Diversidade, Inclusão e Equidade de Gênero, Pessoas com Deficiência e LGBTQIAPN+, destaca a importância de não apenas garantir a acessibilidade arquitetônica, mas também de promover acessibilidade atitudinal.
Dicas práticas para tornar o ambiente de trabalho mais acessível:
- Realize treinamentos para equipes e lideranças: Conscientize sobre capacitismo e preconceitos, ensinando as lideranças a lidar de forma natural com a deficiência, promovendo empatia e respeito.
- Invista em tecnologias assistivas e equipamentos adequados: Disponibilize ferramentas como softwares de leitura para deficientes visuais ou dispositivos de amplificação de som para deficientes auditivos.
- Garanta processos seletivos inclusivos: Valorize as competências e talentos das pessoas candidatas com deficiência e invista em vagas afirmativas.
- Adapte o espaço físico: Realize um mapeamento arquitetônico para identificar barreiras estruturais e, se necessário, instale rampas, elevadores e sinalizações acessíveis.
- Ofereça suporte personalizado: Analise as necessidades específicas de cada colaborador para criar condições adequadas de trabalho.
- Promova uma cultura de pertencimento: Incentive a segurança psicológica para que todos possam ser autênticos no ambiente de trabalho e crie programas de integração que envolvam toda a equipe, desde as lideranças até os colaboradores, na inclusão.
“É importante abrir espaço para que profissionais com deficiência consigam demonstrar suas próprias habilidades, suas competências e seus talentos. Para isso, é fundamental que as equipes e lideranças sejam preparadas para lidar de forma natural com a deficiência, sem discriminação ou capacitismo, e promovendo um ambiente onde todos se sintam pertencentes”, complementa.
Para auxiliar nessa transformação dos ambientes de trabalho, a CKZ Diversidade criou um serviço de mapeamento arquitetônico de acessibilidade, uma solução implementada nas organizações desde 2019 e que ajuda diversos setores a se tornarem mais acessíveis e inclusivos. “Para criar um ambiente inclusivo e pertencente para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, temos que ir além da parte estrutural, gerando um ambiente com mais segurança psicológica onde as pessoas podem ser elas mesmas e, de fato, se sentirem parte da empresa. Dessa forma, as lideranças conseguem não apenas atrair talentos, mas também reter essas pessoas, transformando a cultura organizacional, desde o momento da divulgação da vaga, seleção de pessoas candidatas, integração e acompanhamento dos trabalhos executados”, explica Beatriz Kerr, Engenheira Civil da CKZ Diversidade e responsável pela solução.