Nos últimos 12 anos, mais de 6,7 milhões de acidentes de trabalho ocorreram, levando a mais de 25 mil óbitos; especialistas pressionam pela urgência de investimentos para reduzir as estatísticas alarmantes
Da redação @MundoRH
No Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, recordamos o preço alto pago pela falta de investimento adequado em segurança ocupacional. Mesmo com esforços em capacitação e treinamento, o Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho contabilizou 612.920 notificações de acidentes de trabalho e 2,5 mil óbitos apenas em 2022. Desde 2010, o total de acidentes chega a um assombroso número de 6,7 milhões, com mais de 25.500 vidas perdidas.
A ausência de equipamentos de segurança adequados e a resistência às medidas preventivas são apontados como causas principais pelo CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, Alex Araujo. Segundo Araujo, o investimento em segurança não é apenas uma questão de proteção aos colaboradores, mas também um fator determinante na produtividade e na saúde financeira das empresas.
Os estados com maiores taxas de acidentes são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em 2022, mais de 6,5 mil trabalhadores foram aposentados por invalidez decorrente de acidentes no trabalho, enquanto o número de auxílios-acidente chegou a 29,4 mil.
As causas dos acidentes são variadas, desde riscos químicos e físicos até sobrecarga emocional. Araujo enfatiza que a prevenção passa pela avaliação periódica dos ambientes de trabalho e pelo desenvolvimento de estratégias efetivas de redução de acidentes.
Os acidentes mais comuns incluem quedas, choques contra objetos, choques elétricos, golpes por ferramentas, fraturas, contusões, esmagamentos, Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort), estresse e ansiedade.
Dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho apontam que os setores hospitalar, varejista, administração pública, correios e construção lideram o número de acidentes de trabalho. As profissões mais afetadas incluem trabalhadores de linhas de produção, técnicos de enfermagem, faxineiros, serventes de obras e motoristas de caminhões.
“Promover a saúde ocupacional é imperativo. Além de garantir o bem-estar físico e mental dos funcionários, isso permite o controle dos acidentes de trabalho”, conclui Araujo. Neste Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a mensagem é clara: o investimento em segurança no trabalho salva vidas e é fundamental para o desenvolvimento sustentável das organizações.