Combinação que gera produtividade é essencial para reter talentos e transformar a jornada do colaborador em uma experiência positiva
Helen Menezes, diretora de People da Boa Vista
Se em janeiro de 2020 a sua liderança lhe dissesse que a partir de um dado momento o mundo inteiro passaria a trabalhar em sistema home office e que este modelo seria o “novo normal”, você acreditaria? Certamente não. Mas após 30 meses de decretada a pandemia de covid no mundo inteiro e a necessidade de digitalização dos muitos processos e práticas tomar conta de todos os ambientes de trabalho, podemos afirmar que o “escritório em casa” veio para ficar.
A rápida incorporação da cultura digital nas empresas e a percepção de que é preciso unir trabalho e realização pessoal gerou um impacto significativo na sociedade. A força de trabalho despertou para a necessidade de incorporar benefícios mais amplos em suas relações e por consequência, as empresas perceberam que é essencial focar a atenção no bem-estar e na experiência do colaborador. De acordo com a pesquisa “Tendências de Benefícios” realizada em 2021 pela consultoria de seguros Willis Towers Watson, a principal preocupação das 892 empresas que participaram do estudo na América Latina, são os problemas de estresse, burnout, e saúde mental dos seus colaboradores (84%).
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O estudo ainda mostrou que integrar o bem-estar ao pacote de benefícios é o principal objetivo estratégico relacionado à experiência do colaborador nos próximos dois anos, assim como melhorar a comunicação, aprimorar as ferramentas e a tecnologia para apoiar os colaboradores na escolha e no uso de benefícios, aumentar a flexibilidade, a escolha e o uso de estratégias de escuta dos mesmos.
O levantamento também apontou as principais influências externas que norteiam as estratégias de benefícios dentro das empresas. São elas: mercados de trabalho retraídos (64%), aumento do foco em Inclusão e Diversidade (63%), aumento do trabalho remoto (61%), avanços em tecnologia para benefícios (57%), reestruturação organizacional (41%) e maior foco em ESG (38%). Além disso, a principal medida de sucesso para a estratégia de benefícios das empresas está em melhorar o bem-estar do colaborador (69%), seguido de aumentar a retenção (48%) e aprimorar a experiência de benefícios (46%).
Por fim, a pesquisa mostrou ainda que o impacto da pandemia nas empresas e colaboradores é uma realidade e há uma forte propensão a mudança no pacote de benefícios para os próximos dois anos. O suporte para saúde mental, para saúde física (melhoria no estilo de vida), para o bem-estar social e para o bem-estar financeiro, desponta com 73%, 68%, 45% e 43% respectivamente, entre os dois milhões de respondentes das empresas multinacionais consultadas.
Atenta a essas tendências no universo de gestão de pessoas, a Boa Vista, empresa de inteligência analítica, implantou o modelo “Minha Experiência Boa Vista”, que visa a permanência e o engajamento dos colaboradores, o bem-estar e a satisfação, o desenvolvimento e o aprendizado, a colaboração e ainda, o reconhecimento e a celebração.
A experiência da Boa Vista
A construção do modelo começou em 2020 e foi idealizado para potencializar e estruturar toda a jornada do colaborador dentro da companhia. A partir de um olhar mais sistemático para a estruturação de benefícios e processos da área de People, foi possível construir estratégias alinhadas com a cultura da empresa. A partir daí, foram disponibilizados diferenciais como: ajuda de custo para montar o home office (mobiliário e internet); Programa de Apoio Psicológico, Nutricional e Jurídico; treinamentos técnicos específicos; o Programa de Desenvolvimento de Liderança, e o People On Academy, focado no desenvolvimento profissional, que conta com 107 conteúdos disponíveis para os colaboradores, que somam 75 horas de cursos e conhecimento, tudo de graça em uma plataforma de fácil acesso.
Um bom termômetro sobre o resultado dos programas implementados pela empresa diz respeito à sua pesquisa de clima interno, que é realizada semanalmente e cujos resultados saltaram 12 pontos em 12 meses. Entre agosto de 2021 e agosto de 2022, o nível de satisfação dos colaboradores com a empresa foi de 64 para 72, em uma escala de até 100 pontos. Além disso, o eNPS (Employee Net Promoter Score) metodologia para medir o engajamento e satisfação dos colaboradores por meio de uma única métrica, revelou que os colaboradores qualificam a Boa Vista como uma empregadora “muito boa”. E a comprovação de que a Boa Vista é uma boa empresa para se trabalhar é o selo Great Place to Work® que a companhia acaba de ganhar pelo terceiro ano consecutivo.
O home office continua sendo objeto de desejo no mundo corporativo. De acordo com a pesquisa da Willis Towers Watson, o trabalho remoto é a terceira principal influência externa que norteia a estratégia de benefícios dentro de uma empresa e na Boa Vista, o modelo híbrido com predominância em Home Office, está em prática desde janeiro de 2022.
No pós-pandemia, a mudança de modelo mental no quesito gestão de pessoas ainda tem muito a evoluir. Mas empresas que acreditam na reciprocidade de seus colaboradores e proporcionam um melhor ambiente de trabalho certamente levam vantagem na captura e retenção de seus talentos.