No jogo de escolha de palavras para 2017, eu escolho bom senso!
Bom senso é a amostra intuitiva que nós seres humanos possuímos de saber ser razoáveis e principalmente equilibrados, fazendo aquilo que é coerente em determinado contexto. No significado mais abrangente da palavra, podemos dizer que o bom senso é uma qualidade que reúne as noções da razão e da sabedoria, caracterizando as ações que tomamos.
Este ano, 2016, escutei algumas “verdades absolutas” que me fizeram refletir sobre a não existência desta combinação de palavras em qualquer atividade humana, me fazendo desejar cada vez mais que as pessoas tenham bom senso para fazerem suas escolhas e aprender o máximo possível sobre técnicas, ferramentas e metodologias importantes para a tomada de suas decisões nas organizações ou fora delas.
Agir com bom senso é mais simples do que imaginamos e menos estressante do que os embates insuportáveis que acontecem em reuniões sobre o que é certo ou errado, é simplesmente utilizar de argumentações e atitudes racionais para poder fazer julgamentos e escolhas assertivas, de acordo com os padrões morais de uma “sociedade”.
Padrões morais? Sim!!! Isso mesmo, moral são as regras ou normas que reagem a conduta de um indivíduo em relação ao ambiente em que está inserido e isso é prática em todas as organizações, em nossa casa, nas escolas e faculdades, no grupo dos amigos, ou em qualquer lugar em que tenha duas ou mais pessoas convivendo. O ser humano é responsável por estabelecer os padrões morais. Viu? Mais uma vez reforço: não existe “verdade absoluta”.
Pesquisando sobre o que os grandes filósofos acreditam ser o bom senso, li que para Aristóteles, o bom senso é o “elemento central da conduta ética, uma capacidade virtuosa de achar o meio-termo e distinguir a ação correta, o que é, em termos simples, nada mais do que bom senso”.
Meio-termo, é isso mesmo sábio Aristóteles. Meio-termo é o que está na metade do caminho, representa uma atitude moderada e com equilíbrio entre duas partes e se o moderado tem a ver com equilíbrio ou até mesmo com uma atitude comedida, chegar em um meio-termo é chegar a um consenso entre duas partes opostas, aí pode ser o lugar de encontro do bom senso.
Já que usei a palavra consenso, vou inseri-la no contexto desta reflexão: consenso é uma palavra que significa acordo, anuência, consentimento, conformidade de opiniões, ideias, sentimentos ou impressões. Se utilizarmos o bom senso em nossas discussões, reuniões, conversas de corredor, ligações ou qualquer interação que tenhamos uns com os outros, e agora eu formalizo minha opinião do que eu desejo para os executivos, líderes e profissionais nas organizações, talvez seja o caminho para encontrarmos o equilíbrio que nos levará a escolhas assertivas.
A orientação por consenso é uma das oito principais características de uma boa governança.
Já o bom senso está relacionado a reflexão sobre a realidade e a sensatez. De acordo com o filósofo Gramsci o bom senso pode ser considerado “o núcleo sadio do senso comum”.
AH!!! Antes que eu esqueça, esse texto não é uma verdade absoluta sobre o bom senso, é somente uma reflexão sobre buscar sabedoria nos julgamentos, nas escolhas, pois acredito que isso tornaria as organizações e seu ambiente mais sadio e com uma governança justa e certeira, nada mais é do que o desejo de usarmos nossa intuição para sermos razoáveis e equilibrados.
Que está seja também uma escolha de palavras para você em 2017.
Mais bom senso, por favor!!!
Mariana Adensohn é Diretoria de Recursos Humanos da O2B, empresa especializada em soluções tecnológicas inteligentes – www.o2b.com.br