A emergência da educação financeira: O caso Larissa Manoela e a necessidade de mudança nas escolas
Da redação @MundoRH
O recente caso da atriz Larissa Manoela e o controle financeiro que seus pais exerciam sobre sua carreira tornou-se manchete esta semana. A estrela, que iniciou sua carreira ainda criança, decidiu, após 18 anos, ceder todo seu patrimônio, estimado em R$ 18 milhões, aos seus pais. Em entrevista exclusiva ao Fantástico, da TV Globo, Larissa revelou a dependência financeira, chegando a solicitar dinheiro ao pai para simples compras, como um sorvete na praia.
Diante deste cenário, surge a pergunta: a educação financeira nas escolas poderia ter feito a diferença? A especialista em finanças, Aline Soaper, acredita que sim. Segundo ela, além da instrução básica sobre dinheiro, jovens profissionais, dentro dos parâmetros legais, devem entender seus contratos e a remuneração recebida. “Se Larissa tivesse recebido educação financeira na infância, talvez tivesse questionado mais sobre a gestão de sua carreira e finanças”, afirma Soaper.
Aline defende que a educação financeira, desde cedo, pode trazer benefícios imediatos e a longo prazo. “Crianças tornam-se mais conscientes em relação ao dinheiro, aprendendo a economizar e valorizar seus bens. Com o tempo, essa educação molda adultos financeiramente saudáveis”, explica.
Para Soaper, as instituições educacionais têm um papel crucial, preparando os alunos para enfrentar desafios financeiros na vida adulta. “É essencial que as escolas introduzam a educação financeira desde a educação infantil”, enfatiza.
O governo de São Paulo parece estar seguindo essa direção. Em julho, a Secretaria de Educação anunciou uma reformulação no ensino médio, prevista para 2024, que inclui a introdução da educação financeira na grade curricular.
Aline Soaper deixa uma dica para os jovens: “Estudem educação financeira de forma holística. Não se trata apenas de números ou investimentos, mas de compreender e moldar seu comportamento em relação ao dinheiro.”