Valter Lima é graduado em Administração de Empresas, com MBA pela Fundação Dom Cabral, e é sócio-fundador da ConnectCom, que realiza 2,5 milhões de atendimentos por ano em clientes como L´Oréal, TAM, UOL, NET, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União, Tribunal Superior do Trabalho, entre outros. Mas o caminho percorrido por ele até aqui não foi nada fácil. Filho caçula de uma empregada doméstica e de um motorista de ônibus, ele começou a trabalhar muito cedo, junto com seus dois irmãos. Aos 12 anos de idade, consertava geladeira e já demonstrava interesse pela eletrônica. O dinheiro do trabalho ajudava em casa e, também, era utilizado para comprar uma revista que trazia kits de eletrônica.
A segunda experiência profissional, do já então adolescente, foi como funileiro. Depois de aprender a consertar batidas de carros, Valter enveredou por outros caminhos. Com seu interesse cada vez maior pela eletrônica, optou por estudar em uma escola técnica. Autodidata, interessado e determinado, escolheu a melhor da época: Escola Técnica Industrial Lauro Gomes, que tinha uma grade bem intensa.
O jovem rapaz estudava eletrônica das 8h às 18h e trabalhava à noite como assistente de dentista em um consultório dentário. O primeiro estágio viria, aos 18 anos, no Citibank. Depois de nove meses estagiando, foi contratado como suporte técnico para a rede do banco e trabalhou no projeto da instituição bancária na Avenida Paulista, do qual se orgulha muito de ter feito parte. Apaixonado pelo trabalho, Lima virava o turno para fazer manutenções. Com vinte e poucos anos, tornou-se gerente da área.
Diante de uma proposta interessante do Banco Nacional, Lima deixou o Citibank e assumiu o cargo de gestor de tecnologia da área de campo, onde aplicou todos os seus conhecimentos e instituiu o padrão “Citibank”, que julgava ideal. Pouco tempo depois de sua chegada ao banco mineiro, foi convidado a ser o responsável pela terceirização dos serviços de tecnologia. Com 25 anos, em 1994, diante da oportunidade de atender as necessidades de TI da instituição bancária, com exclusividade, e fazendo uso de toda a sua expertise, fundou, junto com um amigo de trabalho, a ConnectCom. A empresa nasceu com 15 funcionários e um importante cliente: o Banco Nacional.
Um ano depois do lançamento da ConnectCom, o Banco Nacional quebrou e a empresa perdeu seu único cliente. Ainda jovem, com 26 anos, determinado e movido por sua expertise e persistência, o agora empreendedor foi atrás de novos clientes e firmou uma parceria, que dura até os dias de hoje, com a Johnson & Johnson e daí vieram muitos outros que colocaram a companhia entre as 10 maiores do setor de cabeamento estruturado no Brasil.
Com quase 25 anos de empresa, o CEO olha para trás e sente muita satisfação de toda a trajetória percorrida. Pautado no planejamento, na visão de futuro e sempre com foco no trabalho, fazendo tudo muito bem feito, hoje, esse também maratonista, emprega 1.300 colaboradores em todo o Brasil e faz questão de contar sua história para todos eles.
Ressalta que se ele venceu todas as adversidades e tornou-se exceção àquela que seria a regra de um menino humilde sem muitas chances, todos têm a possibilidade de escrever uma história de sucesso. “Não sou um empreendedor bem-sucedido. Sou um ser humano de sucesso, que buscou e continua buscando o crescimento em todas as áreas da minha vida com ética”, afirma o executivo.