De acordo com especialista, salários elevados não garantem satisfação na carreira
Nos últimos anos, em consequência ao isolamento social e as mudanças drásticas nos modelos de trabalho, muitos são os profissionais que transformaram suas perspectivas em relação a sua profissão e equipe.
Aqueles que já não estavam satisfeitos com suas ocupações, enxergaram na retomada das atividades presenciais uma oportunidade de garantir a felicidade no trabalho. Para Sergio Amad, CEO da startup fiter – HR e People Tech – existem cinco fatores capazes de auxiliar trabalhadores na busca pela satisfação profissional.
“Em primeiro lugar, a inovação na rotina do trabalho é de extrema importância. De acordo com a neurociência, a oxigenação cerebral nas atividades do dia a dia é capaz de aumentar a percepção de felicidade de uma pessoa. Logo, ao colocarmos em prática novos projetos em nossa carreira, nós estimulamos a oxigenação no cotidiano e, claro, incentivamos a inovação”, explica o especialista.
O sentimento de orgulho e pertencimento na empresa também é um dos fatores contribuintes. Quando um profissional é capaz de encontrar correlações entre a missão da organização e seu propósito pessoal, ocorre uma sinergia. “Por exemplo, suponhamos que um indivíduo trabalhe em uma indústria de bicicletas e, em seus horários livres, pratique o esporte. Neste caso, o colaborador desfruta deste produto para promover sua saúde e bem-estar de forma sustentável. Esta relação causa identificação entre a empresa e o colaborador”, ressalta Amad.
Outro aspecto que chama atenção por seu vínculo direto com os pulsos de felicidade é o Rapport no clima de trabalho. Esta técnica da psicologia é responsável por criar sintonia e empatia entre as pessoas. Para gestores, uma forma simples de implementar esta prática no ambiente organizacional é através de conversas corriqueiras com colaboradores, para conhecê-los melhor. Basicamente, praticar empatia em horário comercial, desfrutando de momentos de interação com pessoas diferentes, também é capaz de aumentar a percepção de felicidade dos trabalhadores.
Em quarta posição, Sergio Amad elenca as métricas de trabalho e marketing pessoal. “Quando não temos números, pode ser um pouco difícil criar um marketing pessoal de produtividade. Então, o grande ponto aqui é trazer o que chamamos de indicadores de desempenho. Por exemplo, uma pessoa que atua na área de vendas pode catalogar o número de reuniões que realizou no mês, comparando com a média do mercado. No último dia útil, a profissional passa para a liderança quais foram estes indicadores e, a partir daí, a relação entre colaborador e empresa passa a possuir determinados números que facilitam o desenvolvimento deste marketing pessoal e, além disso, ajudam a manter os níveis de produtividade em dia”.
Por último, mas não menos importante, é listado o Fit Cultural. De forma simples, este termo consiste no ato de selecionar um dos valores organizacionais e desenvolver um ritual voltado a sua promoção. Para o profissional, basta escolher um item da cultura da empresa que mais lhe representa e incrementar no seu dia a dia, principalmente no que diz respeito a sua relação com a liderança. “Ao falarmos de felicidade, nós falamos de prazer e aprendizagem. Uma vez que o cérebro começa a aprender mais, a pessoa se sente mais feliz e, consequentemente, aumenta sua performance. Nesse sentido, a satisfação no mercado de trabalho é benéfica não apenas para o colaborador, mas também para a empresa que preza pelo bem-estar de sua equipe”, conclui o CEO.