Em tempos pandêmicos, repensar a carreira se tornou um hábito dos profissionais. Mais tempo em casa, mais acesso às informações, sentimentos de mudança ou de medo comuns em situações de conflito.
A insatisfação profissional ou a inquietude diante às situações demonstram sinais de que algo não está bem resolvido profissionalmente. E nossas atitudes também dão alertas negativos como a procrastinação, a desmotivação, e até mesmo, a observação da carreira do colega teoricamente melhor do que a nossa.
Segundo Michel Khouri, Executivo Sênior de Transição de Carreira e Headhunter da Thomas Case & Associados, observar esses sinais o quanto antes melhoram as chances de mudar. Por isso, o exercício de autoavaliação é fundamental para identificar quais os reais motivos para o meu descontentamento. “O profissional deve se questionar: Como protagonista da minha carreira, o que posso fazer para mudar essa situação? Quais as alternativas de carreira existentes na atual empresa que me deixaria motivado e feliz? Sinto realizado com a minha profissão e responsabilidades? Caso positivo, o que necessito aperfeiçoar? Caso negativo, como planejar minha transição de carreira?”, explica o especialista.
E quais as reflexões que o profissional precisa se fazer para procurar auxílio neste momento: “Tem cinco sinais clássicos, aqueles mais pertinentes para o profissional se perguntar”, explica Khouri.
Saiba quais são eles:
1) Descontentamento em relação as responsabilidades e atividades realizadas: quando o exercício da profissão se torna um martírio, o baixo rendimento e fatores psicológicos como estresse, esgotamento e problemas de saúde passam a ser parte integrante no dia a dia do profissional.
2) Minhas habilidades e competências são subutilizadas: sentimento constante de que poderia contribuir mais, não se sente protagonista, gerando um aumento na desmotivação e desconexão junto aos objetivos corporativos.
3) Função e/ou área distante dos objetivos de carreira: normalmente são trajetórias construídas pela empresa e não pelo profissional que apesar de ser reconhecido pela performance e excelência nas entregas, não enxerga um sentido ou propósito naquilo que faz.
4) O tempo demora a passar, alívio no término do expediente, não vê a hora de chegar ao fim de semana e/ou reclama por ser segunda-feira: é bem possível que o seu trabalho seja angustiante ou entediante, pois quando fazendo algo com paixão o tempo voa!
5) Reclamar do emprego para familiares e colegas: é normal desabafar situações pontuais ocorridas no trabalho, no entanto, caso ocorra com frequência algo não está bom com o seu trabalho!
Khouri explica que os sinais identificados, encontrar ajuda especializada auxilia em um novo posicionamento profissional mais assertivo e se o profissional se enquadrou em pelo menos metade dos “sintomas”, é hora de buscar direcionamento especializado. “Realizar uma transição de carreira de forma planejada e assertiva não é uma tarefa fácil, o profissional ajudará a identificar as hard skills e soft skills, fortalecer e direcionar o profissional às oportunidades compatíveis ao estilo, valores e gestão do seu trabalho. Lembre-se, seja sempre o protagonista da sua carreira e vida”, conclui o especialista.