A maneira como as pessoas trabalham mudou drasticamente nos últimos anos. Por isso, prever tendências é uma forma de estar à frente do mercado, diz Jonathan Sampson, diretor geral da Hays no Brasil.
De acordo com a consultoria, a tecnologia continuará a ter um impacto significativo sobre o ambiente de trabalho em 2016 e também posteriormente. Compreender como estas perspectivas podem mudar a forma pela qual as empresas operam será a chave para assegurar o sucesso neste ano. Neste contexto, a Hays aponta cinco das principais tendências em carreira para 2016:
• Foco no uso de big data
Big data está nas agendas de negócios há alguns anos, mas só recentemente se tornou uma ferramenta mais tangível. O uso de big data como estratégia para prever o comportamento do cliente pode ajudar uma organização não apenas a melhorar a capacidade de servi-lo, mas também a direcionar seus ganhos por meio de melhores tomadas de decisões. De acordo com Sampson, “falo por nossa experiência, tendo apenas recentemente contratado cientistas de dados em nossa empresa para desvendar os segredos escondidos em nossos próprios dados. Contamos com o conhecimento deles para direcionar melhor a tomada de decisões e, portanto, os ganhos daqui para frente”.
• Foco renovado na experiência do cliente
Colocar o cliente em primeiro lugar tem sido a maneira mais eficaz de criar um negócio bem-sucedido e podemos esperar um foco ainda maior neste sentido em 2016. Utilizar dados para conquistar a compreensão dos clientes e suas necessidades será um desafio para as empresas neste ano. “Entender o que eles querem, como eles gostariam de interagir melhor, qual a sua jornada ideal e colocá-la em prática são essenciais para a inteligência dos negócios em 2016”, afirma Sampson.
• Ainda mais valor à segurança
Junto com a nova tecnologia vêm novas ameaças cibernéticas. À medida em que se passa a contar, cada vez mais, com a tecnologia no trabalho e na vida pessoal, os crimes cibernéticos mais perigosos se tornam ainda mais reais. As empresas vão continuar olhando para o aumento da segurança, de modo a impedir qualquer ataque. Sampson diz: “Há dez anos, não imaginávamos recrutar um engenheiro de segurança cibernética, mas agora há mais oportunidades lá fora do que talentos disponíveis, e esta tendência deve continuar e acelerar ao longo de 2016.”
• Mobilidade primeiro?
A sociedade está sempre “ligada” pelos dispositivos móveis e em como usá-los para continuar a evoluir. De acordo com Sampson, “a tecnologia móvel é uma das influências mais disruptivas (ou úteis) para a sociedade ao longo dos próximos dez anos”. Segundo o executivo, o crescimento destas tecnologias é inevitável e assim é a também a ruptura tecnológica que causam às empresas e seus modelos de negócios.”
Muitas empresas ainda estão se adaptando à forma como seus clientes tentam acessar seus serviços. Neste contexto, 2016 pode ser um grande desafio para algumas companhias no que se refere à contínua mudança do desktop para os dispositivos móveis. Sampson acrescenta: “É a evolução impiedosa, não há tempo para fazer uma pausa para respirar, se você quiser permanecer relevante para o seu mercado.”
• A batalha pelas habilidades STEM continua
A escassez global de habilidades STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) foi bem divulgada nos últimos anos, mas esse tema só tem se agravado à medida que a demanda de talentos dos negócios muda. Segundo Sampson, “nós continuamos a ver uma escassez global de habilidades STEM e prevejo que a influência crescente de dados e tecnologia só vai aumentar o apetite por essas habilidades em todos os setores e departamentos em 2016.”
A evolução dos negócios junto com o avanço da tecnologia é essencial para manter o ritmo competitivo. Ao invés de evitar a evolução do ambiente de trabalho, as empresas precisam aderir a este movimento. Sampson conclui: “tecnologia e dados estão criando novas carreiras, remodelando as existentes, e mudando a maneira como as organizações recrutam e engajam seus talentos. Para ter sucesso em 2016 e além, é preciso alimentar a abertura e colaboração entre as equipes, aprender novas habilidades e abranger novos caminhos para realizar as atividades”.