A cultura organizacional não é construída do dia para a noite
Por Rafaela Frankenthal – co-fundadora da SafeSpace e Diego Guedes – lider de Pessoas & Cultura na SafeSpace
Quando falamos sobre cultura organizacional, precisamos falar sobre os valores ideais a serem compartilhados dentro do ambiente de trabalho. O desafio comum a todas as empresas é, justamente, não deixar que sejam apenas palavras bonitas coladas na parede do escritório. Como colocar artefatos invisíveis em prática, no dia a dia das equipes?
A cultura organizacional não é construída do dia para a noite. Pode-se dizer que o conceito é um conjunto do que uma equipe já foi, é e deseja ser como coletivo. Na prática, isso significa que os valores da empresa precisam estar muito bem comunicados em comportamentos e atitudes.
Existem abordagens para que esse movimento de materialização dos valores aconteça no ambiente de trabalho, e as empresas possam, de fato, alcançar resultados práticos. É aqui que entra o Código de Cultura.
O documento deixa claro para as equipes quais comportamentos são incentivados e valorizados no dia a dia. Pense bem: comportamentos podem ser, facilmente, percebidos e mensurados pelas lideranças. Valores, nem tanto.
Isso significa que o Código de Cultura vai definir os critérios para que as pessoas colaboradoras sejam recrutadas, promovidas ou desligadas. Todos os processos e rituais internos da organização usam o Código de Cultura como base – em especial, na área de Recursos Humanos. A avaliação de performance, por exemplo, é feita a partir da avaliação desses comportamentos definidos pela empresa como chave para a cultura organizacional.
Ainda que a cultura organizacional seja única em cada uma das empresas, é importante ter exemplos de Códigos de Cultura para usar como base do que funciona – e do que não funciona também. Tivemos como inspiração a versão original do Código de Cultura da Netflix, uma das primeiras empresas a dividir com o público o documento interno.
Alguns dos comportamentos que compõem o nosso documento são: ‘simplificar e otimizar para trazer resultados rápidos’, ‘ser humilde e gentil para empoderar o coletivo’, ‘contextualizar para decidir com confiança’, ‘dar feedbacks claros para potencializar o desenvolvimento’, ‘explorar e questionar para gerar disrupção’ e ‘praticar empatia para criar pertencimento’.
Nós temos uma missão grande na SafeSpace: ajudar empresas a construir ambientes de trabalho éticos, inclusivos e seguros. Entendemos que assumir essa posição de referência no assunto significa, também, mostrar como enxergamos a cultura dentro de casa. Afinal, é onde tudo começa.