No ambiente de redes, a estratégia de gestão de comunidades mapeia e analisa essas interações, oferecendo insights e ações valiosas para as empresas
Emiliano Agazzoni é cofundador da Community Manager School
Não há dúvida de que as plataformas digitais quebraram diversas barreiras de comunicação, criando formas diferentes de interação em ambientes compartilhados. As pessoas passaram a usar esses espaços de ampla diversidade para intensificar as trocas de experiências e para se juntar, motivadas pelos interesses em comum que as plataformas tornam mais visíveis. Essa dinâmica alimenta a tendência de formação de cada vez mais comunidades digitais e, ao mesmo tempo, aumenta a necessidade de estratégias mais assertivas de gestão dessas comunidades. Trabalho para um profissional especializado: o community manager. É ele que vai entender os anseios de todas as partes envolvidas e criar maneiras de facilitar as conexões.
No mundo digital, embora a audiência esteja pulverizada, as pessoas ainda encontram formas de criar grupos para compartilhar assuntos de interesse. Uma das pontas dessa engrenagem está nos influenciadores, que estabeleceram uma nova maneira de interação entre publicidade e marcas, vivendo e compartilhando conteúdos que são atrativos para seus seguidores. Engajamento, aqui é a palavra-chave, um alvo que todas as empresas almejam alcançar. Em outras palavras, hoje é fundamental ter uma comunidade engajada em torno do negócio.
Navegar nesse cenário é um desafio, apesar de as ferramentas digitais oferecerem métricas e facilitarem a abordagem do público-alvo. Isso porque é preciso conhecer e usar da melhor forma possível as regras e os algoritmos das plataformas, aspectos que influenciam a visibilidade da marca e a concorrência por espaço. Ajudar as empresas nesse caminho é exatamente o intuito da estratégia de gestão de comunidades, e o community manager é figura central nesse sentido.
Vale lembrar que a importância desse trabalho também está no fato de, em comunidades (sejam elas virtuais ou não), as pessoas se sentirem mais acolhidas e seguras, o que facilita seu engajamento em relação a um conceito ou ideia. No ambiente de redes, a estratégia de gestão de comunidades mapeia e analisa essas interações, oferecendo insights e ações valiosas para as empresas.
É verdade que, no meio digital, nenhuma estratégia é inválida: tudo depende da do que a marca busca. Mas também é real que as comunidades são os endereços certos para encontrar as personas que combinam com o negócio — nelas estão mais transparentes as dores e desejos de potenciais clientes. E o community manager é o profissional capacitado para colocar essa roda para girar, construindo interações genuínas, naturais e duradouras entre as empresas e os consumidores.
Não é por acaso, portanto, que o community manager é um profissional em ascensão, que pode atuar como prestador de serviço para outras empresas ou com uma carteira de clientes própria. Um bom Community Manager combina conhecimentos sobre ferramentas digitais, criação de estratégias de engajamento, criação de conteúdo e escrita, com soft skills como: liderança, criatividade, capacidade de comunicação, empatia e escuta ativa das pessoas.
Gerir comunidades é uma das profissões do futuro, considerando que nenhuma empresa mais pode prescindir do ambiente digital e que todas vão disputar a atenção do público. Engajamento é, afinal, a linha que vai dividir as empresas bem-sucedidas daquelas que ficaram para trás.