Você já deve ter ouvido que a tecnologia chegou para ficar e trouxe com ela um verdadeiro mar de revolução, afetando uma das áreas mais importantes de qualquer organização: os recursos humanos. A combinação entre tecnologia e RH pode trazer ótimos resultados para quem a utiliza, e é isso que vamos te mostrar neste artigo.
Os aplicativos de serviços são os maiores exemplos desta mudança. Em meio a um cenário de recuperação pós-crise na economia, mais de 4 milhões de brasileiros encontraram neste tipo de aplicativo, como Uber, Ifood, 99 e Rappi, sua principal fonte de renda, dando a eles o status de “maior empregador” do país. Segundo os especialistas, se reuníssemos todos em uma mesma folha de pagamento, ela seria 35 vezes maior que a dos Correios (maior empresa estatal em número de funcionários).
Há diversos exemplos de pessoas que encontraram nos aplicativos uma forma de driblar o desemprego. Os de transporte e alimentação são os maiores, mas não os únicos. Há opções para todos os gostos e perfis, como DogHero e PetAnjo, por exemplo, voltados aos cuidados, passeios e hospedagem temporária para pets.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, cerca de 17 bilhões de pessoas utilizam algum aplicativo regularmente para obter renda. Este número inclui os profissionais liberais, autônomos e, ainda, aqueles que têm um emprego formal mas buscam meios de aumentar os ganhos.
Para muitos, trabalhar por conta própria representa liberdade. Antônio Dantas trabalhou por 17 anos no setor jurídico de um grande banco e, em contrapartida, abriu mão de muitos momentos em família por conta da alta demanda de trabalho. Hoje, encontrou num aplicativo de transporte sua única fonte de renda e afirma: “Tenho hoje uma qualidade de vida que eu não tinha. Almoço em casa diariamente e de noite já estou de volta. Perdi a infância dos meus filhos, mas, hoje, posso acompanhar de perto a dos meus netos. ”
Amanda é outro exemplo dos novos profissionais liberais. Após 8 anos como gerente de RH em uma empresa de contabilidade, decidiu fazer do seu hobby uma profissão e passou a escrever artigos para a internet. Segundo ela, a oportunidade de trabalhar com isso surgiu através de um aplicativo que conecta freelancers às pessoas interessadas naquele tipo de trabalho. O resultado da mudança foi surpreendente e refletiu na conta bancária e, também, na qualidade de vida. Hoje ela administra sua própria agência especializada em marketing digital e não se arrepende da escolha.
Para os especialistas, o mais importante para aqueles que decidem ser os seus próprios chefes é o planejamento. Um dos principais fatores para isso é a variabilidade da renda, que pode ser um problema quando não há um bom controle financeiro por trás.
A mudança não para por aí. Diversas empresas tradicionais têm apostado na tecnologia para facilitar seus processos, a exemplo dos chatbots. Com eles, o setor ganha tempo para fazer a interação personalizada e humanizada em momentos de maior necessidade, deixando a tarefa padronizada e repetitiva (que tende a se tornar maçante quando o número de candidatos é grande) para os robôs.
Outra vantagem é a redução de custos com a contratação de pessoas ou empresas terceirizadas para cuidar da etapa de recrutamento e seleção. Além disso, a preocupação com a inovação tende a ser percebida pelos candidatos logo de início, reforçando uma postura moderna e atual por parte da empresa e despertando neles o “desejo de pertencer”.
Tanto para os aplicativos de serviços, quanto para as tecnologias aliadas ao processo de gestão em empresas tradicionais, isso reflete uma mudança de paradigmas que preza pela eficácia, entregando maior resultado com menor custo. O benefício é mútuo: nos aplicativos, pessoas ampliam sua renda de forma flexível; nas empresas, processos são otimizados, automatizando a parte operacional e deixando maior tempo e atenção para a parte estratégica.