“Hoje, é essencial que as organizações mudem sua abordagem na gestão. É preciso que invistam no desenvolvimento de pessoas, times, modelos de gestão dinâmica e que construam um negócio capaz de se transformar e acompanhar o ritmo que a sociedade necessita”. O entendimento é de Marcelo Lopes Cardoso, fundador e integrador da Chie, organização que está a serviço da evolução das organizações e desenvolvimento de indivíduos.”
O executivo possui mais de 25 anos de experiência como gestor, facilitador e como consultor em desenvolvimento humano e organizacional e defende que é preciso rever o olhar que as organizações têm, o que ficou mais evidente com os desafios trazidos pela pandemia, onde as são defrontadas mais fortemente com incertezas. “O atual contexto nos convida a uma reflexão de como serão as relações das pessoas com trabalho em temas que vinham sendo discutidos e foram acelerados pela pandemia. As relações nunca mais serão as mesmas. As pessoas têm saído dos seus empregos sem clareza de um próximo passo e, há uma clara transformação das relações das pessoas com o trabalho, o que inclui a busca por propósito, qualidade de vida, flexibilidade e, o mundo do emprego como conhecemos, está se transformando a olhos vistos”, diz.
Segundo Cardoso, hoje, as empresas precisam se movimentar e deixar de ver as pessoas como recursos, e se desenharem para criar contexto de engajamento para seres humanos. “As organizações precisam se perceber como um sistema aberto composto por indivíduos que tenham propósito, que construam relações e compartilhem valores a serviço da sociedade, que possam, por meio de seu trabalho, abraçar missões, visões que façam sentido para sua existência. Para isso, há muitas implicações, o que inclui seu papel na comunidade de forma que possam interagir com a realidade com que se apresenta. Ou seja, é necessário que as companhias atuem como parte de um ecossistema com propósito de criar impacto positivo para a sociedade e o planeta”, explica.
Na prática, de acordo com o especialista, é necessário investir no desenvolvimento dos indivíduos para superar lacunas como a parte cognitiva, emocional e ética, que promovam relacionamentos saudáveis e que favoreçam a diversidade das pessoas. Ou seja, a sociedade precisa que as empresas apostem na transformação cultural, apoiados por um propósito claro e regenerativo para a sociedade e que seja habilitado por um modelo de gestão dinâmico que esteja em sintonia. “Este é um caminho sem volta que ganhou força com a pandemia. Precisamos alocar esforços no papel do indivíduo dentro da empresa e da sociedade, do contrário, negócios serão incapazes de acompanhar o ritmo das mudanças, deixarão de atrair talentos e perderão relevância por aquilo que entregarão realmente para a sociedade.” conclui Cardoso.