Especialista indica algumas opções para garantir um futuro mais tranquilo após as mudanças no INSS
Com as novas mudanças relacionadas à aposentadoria e à reforma da previdência, muitos brasileiros se perguntam como fica ficará o futuro e quais as possíveis perdas em todo esse contexto. Nesta hora, chega o momento de buscar alternativas que vão garantir uma velhice sem imprevistos. Entre elas, estão a previdência privada, que ajuda no planejamento da aposentadoria e acúmulo de dinheiro para qualquer projeto futuro, e também o seguro de vida, que tem coberturas que, por exemplo, garantem a renda do trabalhador no caso de afastamento temporário do trabalho ou em caso de invalidez. Dalva Beduschi, especialista da Sorella Consultoria e Corretora de Seguros, tira algumas dúvidas sobre essas mudanças e dá algumas dicas. Confira:
Quais são as perdas do trabalhador com as novas regras do INSS?
O que mais preocupa os brasileiros quando se fala em aposentadoria são as mudanças que já vieram e as que ainda podem acontecer. Novas regras surgem com frequência, e neste caso, nunca se está totalmente seguro de como será o futuro. Dentre as atuais mudanças, as principais são do aumento da idade mínima para reivindicar aposentadoria, que passa a ser de 65 anos tanto para homens quanto para mulheres; já para receber aposentadoria integral, será necessário contribuir por 49 anos; e o tempo mínimo de contribuição passa de 15 para 25 anos. Em contrapartida, ao contratar previdência privada para aposentadoria e seguro de vida para casos de perda de renda e/ou morte, o segurado é que determina quanto quer receber, com a certeza de que as regras não vão mudar ao longo do caminho.
Devo contratar uma previdência privada? É mais garantido? Por quê?
Sim, porque as regras não mudam e também porque a previdência privada conta com algumas vantagens a longo prazo. A tributação ocorre apenas no resgate, então os valores que você acumula vão se multiplicando ao longo do tempo. Por isso, é um erro comparar rentabilidade de uma Previdência Privada com os tradicionais fundos de renda fixa ou CDBs, pois estes podem ter rentabilidade maior, mas ao mesmo tempo têm o come-cotas de 15% semestral (no fundo de renda fixa) e tributação a cada vencimento e na renovação da aplicação (no caso de CDBs). A vantagem é mais expressiva na previdência privada quando observadas as regras de resgate. Já em relação as garantias, as pessoas pensam que estarão mais seguras adquirindo com o banco, mas o banco só pode vender previdência privada de alguma seguradora parceira. E além disso, o valor que você investe em previdência privada é garantido por um banco, jamais fazendo parte do capital da seguradora. Ou seja, mesmo que acontecesse algo com a sua seguradora, seu dinheiro da previdência continua totalmente seguro.
Como contratar previdência privada?
Existem algumas formas, mas o ideal é que seja através de um corretor de seguros e previdência privada. Pois ao contratar com um corretor de seguros, ele vai pesquisar em todas as seguradoras as melhores opções em taxas e rendimentos para benefício do cliente. Diferente do banco, que busca vender uma solução única e geralmente com taxas maiores.
Para que serve a previdência privada?
Ela pode ter múltiplos propósitos. Para garantir uma aposentadoria; aplicar em um projeto futuro, como aquisição de um imóvel ou investimento; para planejamento sucessório, já que a previdência privada não entra em inventário; ou, quando contratado para os filhos, para pagar os estudos.
Como funciona o processo para contratação?
O corretor vai auxiliar o cliente com o planejamento dentro das possibilidades de investimento. Ou seja, o valor que o cliente deseja acumular ou receber mensalmente no futuro e em quanto tempo ele quer atingir aquele objetivo. Em seguida, o corretor verifica as melhores opções de rentabilidade e taxas. Depois de contratado, acontecem as contribuições mensais e o cliente pode também fazer depósitos esporádicos, além daqueles pagamentos que já são feitos mensalmente, para melhorar os ganhos.
O que a previdência privada assegura?
A previdência privada assegura um planejamento completo, e não apenas uma carteira de investimentos, já que conta com o apoio de equipes especializadas que cuidam das estratégias e ajustes pela inflação para que o investidor se preocupe apenas com a disciplina de poupar. Além do mais, com a ajuda do corretor, o cliente pode refazer as contas anualmente e conferir se continua no caminho certo.
Qual é o valor?
O valor a ser investido depende dos objetivos e possibilidades do cliente, sendo bem comum encontrar planos de investimento mensal a partir de R$ 100. Mas é importante ter atenção em relação à rentabilidade e as que podem representar grande diferença no final do período. Aliás, é interessante lembrar que, mesmo investindo pouco, o cliente tem acesso as melhores rentabilidades do mercado. Por exemplo: em 2016, quem investiu na Poupança teve rendimentos abaixo de 9%, enquanto que tivemos fundos de Previdência rendendo 13% ou 14%.
A partir de quanto tempo devo/posso adquirir?
Quanto antes se contrata, melhor. Na Europa e EUA, por exemplo, é comum que os pais já façam uma previdência privada para seus filhos assim que eles nascem. Isso apresenta a enorme vantagem de poder investir pouquíssimo por mês, mas acumulando grandes quantias, já que há mais tempo para render. Nestes casos, é comum que o jovem chegue a idade de cursar o nível superior com a faculdade já paga ou chegue à vida adulta com a vida financeira mais tranquila.