Cláudio Riccioppo – Especialista em Gestão de Carreira e Recolocação Profissional
Após pouco mais de um ano e meio do pico da pandemia de Coronavírus e a perda de inúmeros postos de trabalho, as oportunidades de emprego voltaram a aparecer, os investimentos das empresas voltaram também ao seu fluxo comum e, com isso, cresce o ânimo de muita gente na busca por uma nova colocação no mercado de trabalho. Milhares de profissionais que antes deixaram para depois um novo passo na carreira com medo de arriscar, mesmo que insatisfeitos com a sua atual posição, hoje já sentem uma segurança bem maior para investir em sua empregabilidade e caminhar na direção de um novo desafio mas, para isso, é preciso entender que um bom emprego é consequência de diversos fatores que precisam ser lapidados, citarei três que não podem ser negligenciados de maneira alguma como, por exemplo:
1) Um bom currículo: O seu currículo é o passo mais importante para levá-lo a uma entrevista de emprego, mesmo assim, muitos profissionais preferem preparar uma única versão desta apresentação e encaminhá-lo a todos os selecionadores, ou seja, apresentam esta versão única como um panfleto entregue de mão em mão. A estratégia ideal é ter uma base curricular pronta que lhe permita não precisar montar o material desde o início todas as vezes, mas em cima desta base, o candidato observando os pré-requisitos da vaga em aberto, tente entender o que realmente o contratante pretende resolver na empresa, que tipo de profissional resolveria as questões que ele parece precisar sanar na companhia e, com isso, buscar em suas experiências, resultados obtidos com atividades desenvolvidas semelhantes, sem que essa customização do conteúdo ultrapasse duas a três páginas.
2) A entrevista de emprego: Ótimas vagas de emprego infelizmente não existem aos montes, há sim um volume de postos de trabalho até significativo, mas as melhores oportunidades do mercado não existem em quantidade, logo, você dificilmente terá muitas chances para acertar naquela boa primeira impressão, então prepare-se pois somente terá “sorte” quando a oportunidade lhe encontrar preparado para ela. Você sabe qual o valor do seu produto profissional? Quanto vale em média um profissional exatamente como você? Suas habilidades e competências possuem valor de mercado? Essas informações, por exemplo, vão lhe ajudar em uma possível negociação salarial, visto que é muito grande o número de vagas de emprego com o salário a combinar, portanto é pouco provável que você não tenha que em algum momento tratar deste assunto durante a seleção.
3) Um LinkedIn gerador de convites de emprego: Apenas ter um LinkedIn nos dias atuais não é nenhum grande diferencial, é apenas uma condição bem básica para iniciar a construção de uma empregabilidade eficaz, depois de ter a ferramenta bem completa e atualizada, é preciso conhecer um pouco dos mecanismos de busca e como se comporta o sistema, ou seja como trabalhar para estar à frente, durante a busca por parte do selecionador, dos demais candidatos que possuem o mesmo objetivo profissional que você, a fim de tornar o LinkedIn uma arma a seu favor durante este processo. Muita gente não sabe, mas existem alguns especialistas em recursos humanos que podem ser contratados para auxiliar na preparação e acompanhamento da rede social, tornando as ações mais previsíveis e os resultados potencializados.