O clima organizacional é um importante indicador de boas práticas corporativas e muito importante para contribuir com a retenção de talentos. Para um ambiente agradável e produtivo, é fundamental que as pessoas se sintam bem e engajadas. Boas práticas para manter o clima organizacional favorável a esse cenário e a percepção de importância e valorização do capital humano estimulam a motivação e o engajamento dos colaboradores.
Para o Grupo Adecco Brasil, empresa global em Recursos Humanos, iniciativas focadas em entender e escutar o que os colaboradores sentem faltam e o que precisa fazer são fundamentais para conquistar um ambiente sadio. Lucia Santos, diretora de recursos humanos do Grupo, destaca uso de pesquisas periódicas para saber como os colaboradores se sentem em relação ao que a organização oferece e onde pode promover melhorias para tornar o ambiente cada vez mais agradável para trabalhar. “É preciso fazer pesquisas constantes. As iniciativas de transformação para um melhor ambiente começam com a comunicação aberta. Por isso, as pesquisas são os termômetros para as empresas realizarem essas mudanças de forma mais assertivas”.
Além do uso de pesquisas, é preciso mudar o foco da empresa e torná-la cada vez mais humana e inclusiva. Por conta da pandemia, discussões em torno de horários de trabalho fixo e modelos de trabalhos tradicionais começaram a ser cada vez mais latentes. Por isso, folgas, terapias, horários flexíveis, apoio psicológico e financeiro, entre outros, ganharam força e tornaram-se atrativos cada vez mais utilizados para atrair e reter talentos. Para Lúcia, esse é um cenário que deve permanecer pós pandemia. “Colaboradores estão mais exigentes e buscam trabalhar com empresas que têm esse olhar humano e, consequentemente, estamos vendo empresas preocupadas em como motivar e atrair para voltarmos à rotina, por isso os benefícios têm sido tão valorizados”.
O papel do líder no clima organizacional também é algo que deve chamar atenção. A valorização e reconhecimento do desempenho, individual e coletivo, por parte do gestor fortalece o modo como cada profissional enxerga a empresa. Todos esses aspectos contribuem para, cada vez mais, melhorar o clima de bem-estar
Além disso, é primordial cuidar para que as instalações estejam adequadas e priorizem a saúde e bem-estar das pessoas. Estruturas como banheiros, cozinha, estações de trabalho e iluminação devem estar em boas condições de uso. As práticas de segurança do trabalho e ergonomia são importantes para assegurar que o colaborador tenha qualidade de vida no ambiente de trabalho. A preocupação real e verdadeira com a saúde da equipe é um ponto positivo para a organização que não se detém apenas nas obrigações trabalhistas.
Lúcia ainda destaca a importância de práticas como a comunicação interna. “Quando a informação circula de forma adequada, as conversas paralelas e desencontradas perdem a força. Ou seja, a comunicação eficaz garante a informação padronizada a todos da empresa”. O papel do profissional de recursos humanos também foi citado pela profissional da Adecco, que vê como responsabilidade do RH o papel de ajudar a promover ações que gerem felicidade e satisfação dentro das empresas, mas não deve ser prioridade apenas da área. “A felicidade é um conjunto que vem no pacote que as empresas oferecem, como salário competitivo, benefícios, espaço físico, horários flexíveis, liderança, plano de carreira, benefícios competitivos, entre outros”, finaliza a profissional.