Se uma das premissas de uma verdadeira conexão é o olho no olho e um saudoso aperto de mão, como manter nossa rede ativa e em expansão em tempos de reclusão? Além de estarmos impedidos do contato físico, outra certeza é de que não estaremos juntos em eventos e reuniões. Mas não se apavore, existem caminhos para driblar esse momento.
O fato é que a maioria das pessoas está em suas casas e conectada à internet e, embora esse caminho de conexão seja um pouco mais frio, é possível humanizá-lo. Que tal começar segmentando sua lista de networking? Vamos lá! O primeiro caminho é mapear com quem deseja falar, mas antes de seguir aos próximos passos, é também o momento de se atualizar sobre cada um deles, ter um primeiro gatilho de contato, e a melhor alternativa é que seja emocional, já que estamos todos no mesmo barco e com sentimentos bastante semelhantes em relação a esse momento.
E como dividir essa lista? Primeiro pense em novos contatos, quem são as pessoas que estão em seu radar de meta de relacionamento. Pode ser uma oportunidade de negócio, um líder que admira, alguém da sua empresa, ou mesmo o desejo de uma conexão amigável com um amigo de um amigo.
Liste então 10 pessoas e tenha como meta se conectar a 5 e, no final dessa jornada, terminar com acesso a pelo menos 2 delas. Sim, lembre-se que conexão é apenas estar na rede desse contato, que pode ser um perfil no Instagram, LinkedIn ou até via WhatsApp – que talvez não seja respondido. O acesso tem outra configuração, porque independentemente do modo como estão conectados, há troca entre vocês e interesse mútuo. Portanto, busque essas pessoas nas redes ou, no melhor cenário, quem possa vir a atuar como um canal de conexão a esse contato.
Não há razão para qualquer bloqueio ou timidez nesse acesso, desde que sua mensagem não seja uma “cópia e cola” e nem uma abordagem de venda. Escreva verdadeiramente a intenção daquela conexão, seja por admiração ao negócio, história pessoal ou profissional ou o carinho por essa pessoa. E, diante de uma declaração genuína, manifeste seu interesse em ter 15 ou 20 minutos para essa troca, sugerindo um facetime ou vídeo de WhatsApp, algo informal, mas que permita que tenham um tempo exclusivo para vocês.
Vá preparado para esse papo, aborde reforçando a motivação do seu contato e ouça mais do que fale. Busque gatilhos emocionais (consequência da sua busca prévia) e se interesse pela vida e história do outro. Conclua então propondo irem adiante nesse contato, se comprometa com uma oportunidade de apoio a algum tema que tenham conversado, encontre alguma razão para seguirem nessa conexão. Vá nutrindo esse contato e, quando tudo se normalizar, é hora de propor aquele café que nos permite voltar à essência do networking, olhos nos olhos e aquele bom e verdadeiro aperto de mão – e por que não um abraço? Afinal, é um momento de reflexão e reconhecimento do quanto o afeto preenche e nutre nossas relações.
Por Lais Macedo, sócia do LIDE FUTURO e da B4 Marry