O papel da tecnologia é potencializar o que os seres humanos fazem de melhor – ao mesmo tempo, liberar tempo e energia para que cada colaborador possa utilizar mais sua criatividade, resolver problemas complexos e pensar de maneira estratégica.
Eric Garmes – CEO da Paschoalotto
Hoje, a automação não é mais uma opção ou um luxo – é um movimento inevitável para qualquer empresa que deseja sobreviver e crescer no mercado. E, para nós, líderes, a pergunta é menos sobre o se e mais sobre o como. Como implementar essa transformação sem perder de vista o que realmente faz a diferença: as pessoas?
É claro que os números impressionam. Relatórios como o da Deloitte mostram ganhos de até 30% na eficiência operacional para empresas que adotam automação em tarefas repetitivas. Mas quem ainda acredita que automação é sinônimo de perda de empregos precisa mudar essa mentalidade.
O papel da tecnologia é amplificar o que os humanos fazem de melhor – e, ao mesmo tempo, liberar tempo e energia para que cada colaborador possa usar mais sua criatividade, resolver problemas complexos e pensar de forma estratégica.
Estamos em um momento em que o conceito de trabalho precisa ser reescrito. Automatizar o que é burocrático e repetitivo é libertador, e isso deveria ser óbvio. Mas ainda vemos muita resistência, inclusive de lideranças, que enxergam a automação como um desafio, quando, na verdade, ela é uma ferramenta essencial para criar um ambiente mais dinâmico, inovador e humano.
Liderança, agora, significa algo maior do que simplesmente “gerenciar” – significa assumir um papel de facilitador da mudança. Quando automatizamos processos operacionais, temos que lembrar que nossa missão é manter o propósito no centro das decisões.
Nosso objetivo não é apenas aumentar a produtividade, mas garantir que estamos construindo um ecossistema onde a tecnologia serve ao humano. Isso começa com uma comunicação que seja franca, sem rodeios: as pessoas precisam entender que a automação não veio para substituí-las, mas para impulsioná-las.
Além disso, liderar uma transição bem-sucedida é preparar nosso time para lidar com a transformação de forma consciente e inteligente. Isso passa por capacitação, investimento no desenvolvimento humano e em criar um ambiente onde os talentos não são vistos como despesas, mas como ativos que fazem a diferença para a organização. E, claro, é vital colocar o bem-estar no centro de tudo, reconhecendo que a automação mal aplicada pode gerar uma pressão desnecessária e transformar a tecnologia em uma fonte de estresse, quando deveria ser o contrário.
Líderes que buscam relevância nesse novo cenário precisam adotar práticas sólidas: humanizar a automação, focar no desenvolvimento contínuo, priorizar a saúde mental, e, acima de tudo, deixar claro que a automação é um meio para um fim maior – uma organização ágil, inovadora e com propósito claro. É disso que o futuro das empresas depende.