No atual cenário do mercado de trabalho, manter um colaborador de alto nível e engajado na empresa tornou-se um grande desafio. O temido turnover – taxa de rotatividade de colaboradores – é um dos principais problemas a serem combatidos por gestores. Mas, como as empresas podem atuar e reter seus talentos? Existem diversas maneiras, mas algumas marcas empregadoras já têm adotado técnicas de marketing em processos seletivos chamadas de Inbound Recruiting.
O termo basicamente resume estratégias de marketing e venda que são usadas em marcas, para fazer com que o consumidor final seja engajado e acabe comprando a ideia. Esse método é refletido nos processos seletivos, onde o objetivo do RH é atrair o candidato e fazer que ele escolha colaborar com a sua empresa, permanecendo nela por um longo período. Basicamente, as fases do processo de Inbound Recruiting consistem em atração, conversão, fechamento e encantamento do funcionário.
Stefanie Ferracciu, Head de Gente & Gestão da Gupy, empresa líder em sistema de recrutamento com base em Inteligência Artificial no Brasil, explica que mesmo se o candidato não conquistar a tão sonhada vaga, a ideia é que ele seja um promotor da marca empregadora. “Muito mais que recrutar e manter um candidato como colaborador, o objetivo é fazer com que todo mundo que tenha contato com a sua empresa seja promotor da sua marca, independentemente de ser ou não selecionado para a vaga. E esse processo tem que começar desde o primeiro momento que o profissional é impactado”, afirma.
Para isso, empresas buscam utilizar estratégias para vender e consolidar a marca empregadora. Entre as técnicas utilizadas estão: produção de conteúdo sobre o setor que atuam (publicados em blogs próprios e newsletter), experiência positiva para o candidato durante o processo seletivo, Foco em deixar a página de carreiras mais atraente, clareza nas informações durante o recrutamento, envio de feedbacks para não deixar o candidato no limbo, medição da satisfação dos candidatos, entre outros.
Segundo Guilherme Dias, CMO da Gupy, o Brasil apresenta uma alta taxa de turnover de funcionários, que costumam ficar menos de um ano na mesma empresa. Esse problema pode gerar inúmeros prejuízos para o empregador, desde perda de projetos em que o colaborador é peça fundamental, até impactos financeiros e na produtividade do time todo. Assim, pensar em estratégias que criem esse vínculo entre colaborador e empresa é indispensável nos tempos de hoje, principalmente, quando se fala em inovação em Recursos Humanos.