Nos últimos anos, vimos as organizações se movimentarem fortemente para investir em educação corporativa, principalmente por meio do ensino à distância, com o objetivo de promover uma maior qualificação e formação para os colaboradores
Do ano passado para cá, há um assunto que ocupou a mídia e as reuniões internas realizadas pelas equipes focadas em inovação das empresas: o metaverso. Segundo levantamento da Bloomberg Intelligence, a previsão é que essa tecnologia movimente cerca de US$ 800 bilhões até 2024, o que a coloca como uma das principais tendências para os próximos anos.
Mas, o que exatamente é o metaverso? Para explicar de forma simplificada, ele é definido como um ambiente digital no qual é possível alcançar níveis de imersão e interação muito mais elevados do que o que temos atualmente. E isso será realizável com a ajuda de realidade virtual, realidade aumentada e internet com velocidade e boa conexão – o que devemos ter principalmente após a chegada do 5G no Brasil. A partir da junção dessas e de outras ferramentas tecnológicas, teremos a criação de espaços virtuais com cenários próximos à realidade com a proposta de simular situações que vivemos no dia a dia de maneira bem realista.
Atentas às novidades, as empresas dos mais variados segmentos já estão desenvolvendo projetos para trazer essa solução para dentro de casa. E, ainda que as discussões envolvendo o metaverso estejam mais voltadas às diferentes formas que ele vai transformar a vida dos consumidores, é importante lembrar também do seu potencial de trazer muitas mudanças positivas e disruptivas para o setor corporativo.
Nos últimos anos, vimos as organizações se movimentarem fortemente para investir em educação corporativa, principalmente por meio do ensino à distância, com o objetivo de promover uma maior qualificação e formação para os colaboradores. De acordo com a pesquisa Global Marketing Insights, até 2027 o setor de e-learning deve duplicar seu tamanho, recebendo investimentos de US$ 499,1 bilhões, vindos principalmente de instituições comprometidas com a capacitação de seus funcionários.
Essas ações têm se mostrado muito positivas, influenciando não apenas no sucesso das empresas, mas também na percepção que os consumidores têm sobre elas. Nesse cenário, será possível colocar a educação corporativa com mais facilidade como um dos principais pilares das companhias, pois os benefícios que ela trará ao ser atrelada ao metaverso serão ainda mais impressionantes e inegáveis.
E, com o advento dele, ganhamos mais uma ferramenta que pode em um mesmo ambiente usar vários elementos e acessórios para criar experiências diferenciadas para os usuários. Mas, no final das contas, o mais importante sempre vai ser entender o público para o qual a iniciativa será endereçada e utilizar o melhor canal para entregar os conteúdos, que pode ser desde mecanismos tradicionais até o metaverso, combinando componentes de todos eles com um único objetivo: entregar o conhecimento da forma mais efetiva.
Opinião: Samir Iásbeck – CEO e Fundador do Qranio, plataforma mobile de aprendizagem que usa a gamificação para estimular os usuários a se envolverem com conteúdos educacionais em todos os momentos