O BTC, além de ser digital, não sofre qualquer tipo de controle de Bancos Centrais ou governos; ele flutua de acordo com a lei da oferta e da procura, e não há lastro.
Seguindo uma tendência mundial iniciada com a crise de 2008, o setor financeiro brasileiro sofreu mudanças radicais de uns anos para cá. Foi esse cenário que propiciou, entre outras mudanças, o surgimento dos bancos digitais e fintechs.
Graças às novas normativas do Banco Central, as pessoas passaram a poder manter contas correntes sem qualquer despesa mensal, além de obterem acesso a empréstimos a juros mais baixos, tudo com a segurança da fiscalização do Bacen. Com isso, os grandes bancos tiveram que se adaptar e oferecer melhores condições aos clientes.
Surgiram novas opções de investimentos com o aumento da concorrência e, em 2013, com a forte demanda por criptomoedas, foram criadas as primeiras exchanges de Bitcoin no Brasil. Assim, o público brasileiro teve acesso a moedas virtuais como as próprias Bitcoins e outras.
Hoje é normal que milhões de pessoas confiram a paridade BTC a dólar (e em tantas outras variantes), mas antes de pular para as criptomoedas é preciso entender o que são essas moedas virtuais que ainda geram muitas dúvidas. O termo criptomoedas indica nada mais do que uma forma de dinheiro eletrônico, através do qual duas pessoas podem receber ou transferir em qualquer ponto que estejam do planeta – e isso sem a necessidade de intermediação de qualquer empresa de remessa ou banco.
O BTC, além de ser digital, não sofre qualquer tipo de controle de Bancos Centrais ou governos; ele flutua de acordo com a lei da oferta e da procura, e não há lastro.
O impacto do cripto e outras inovações
O surgimento de outras criptomoedas acabou impactando profundamente nas transações financeiras tradicionais em todo o mundo. As criptomoedas acabaram se tornando um ativo de investimento e, graças à sua grande valorização, acabou por chamar a atenção de investidores de todas as partes do mundo, sendo aceitas em áreas diversas.
Contudo, é preciso ter em mente que as criptomoedas sofrem com uma grande volatilidade, e é claro que existem riscos inerentes a esse tipo de investimento. Por outro lado, sempre existem oportunidades de um bom retorno para aqueles que estão bem assessorados por uma boa Exchange.
A última novidade no mercado financeiro brasileiro ocorreu poucos anos depois, quando foi lançado o PIX, método instantâneo de pagamento e que, em questão de semanas, tornou-se uma das formas de pagamento preferidas dos brasileiros.
De acordo com o Banco Central, esse serviço em 2023 já contava com mais de 140 milhões de usuários. Lançado em 2020, ele tem sido aprimorado constantemente, e não à toa escalou ao topo dos métodos de transação financeira no país.
Esse sistema de pagamentos, inicialmente lançado no Reino Unido em 2008 através de tecnologia similar, permitia que os correntistas pudessem enviar valores de maneira instantânea através da internet.
Fintechs na vanguarda das novidades
Outro benefício que chegou com as fintechs foi a possibilidade de abertura de contas internacionais para brasileiros. Nesse sentido, a corretora Avenue foi a primeira a oferecer aos seus clientes essa possibilidade, ainda em 2019.
Com isso, hoje é possível ter uma conta em dólar nos Estados Unidos para gastos com um cartão de débito ou mesmo para realizar investimentos no exterior em fundos, ações e etc. O mercado financeiro nacional está sempre em evolução, e os brasileiros aceitam bem essas novidades tecnológicas.
O sistema de pagamento por aproximação através do aparelho celular é outra novidade que pegou rapidamente e se tornou muito popular com milhões de usuários atualmente. O grande salto nesse tipo de sistema de pagamento por aproximação ocorreu com a pandemia de Covid-19, já que era uma maneira mais higiênica para o consumidor e também para o comerciante.
Isso demonstra a importância do pagamento por aproximação, isto é, aquele que permite pagar as compras sem qualquer tipo de contato direto. Chamado de “contactless payment“, o pagamento por aproximação pode ser feito através de um cartão de crédito ou débito e também pelo smartphone.
A tecnologia por aproximação foi criada em 1990 e utilizada pela primeira vez no transporte público de Seul na Coreia do Sul para facilitar o pagamento nos ônibus da capital coreana. Com isso foi desencadeada uma verdadeira guerra entre as empresas administradoras das conhecidas “maquininhas”, cada uma tentando abocanhar uma fatia maior do mercado e brigando para oferecer aos comerciantes a taxa mais baixa na operação.
O importante, acima de tudo, é que com a chegada de novas tecnologias, muitas novidades ainda irão surgir em relação aos meios de pagamento, sempre com o intuito de que eles sejam cada vez mais rápidos e ao mesmo tempo seguros.