A liderança deve garantir um clima organizacional de apoio e incentivo ao desenvolvimento de cada colaborador
Dizem que aqueles que seguem tendências estão atrasados e que o bom mesmo é ser inovador e lançá-las. O fato é que as empresas estão olhando cada vez mais de perto para seus colaboradores, pois esse é o ativo mais importante que elas possuem. E pessoas são complexas. Às vezes, o comportamento de um único indivíduo em uma equipe pode atrapalhar a performance de todos os outros, tornando o trabalho menos produtivo.
O papel atual do líder não é mais, simplesmente, o de dar ordens e esperar acontecer. Ele precisa garantir um clima organizacional de apoio e incentivo ao desenvolvimento de cada colaborador, para que, como equipe, todos mantenham o foco nas metas estratégicas da empresa. Engajar os funcionários tem sido um desafio cada vez maior para os líderes de hoje.
Para complicar esse novo contexto, o mundo está cada vez mais “líquido”, as pessoas não se sentem mais obrigadas à fidelidade de antes. Mudam muito facilmente de ideia, de emprego, de cidade e de tudo o mais que aparecer. Para vestir a camisa de uma empresa, é preciso sentir que ela merece ser vestida.
De olho nessas mudanças e tentando evitar a perda de talentos, as companhias têm se preocupado em oferecer a seus funcionários ambientes atrativos, considerando itens que antes não tinham tanta relevância, tais como: envolvimento da empresa com a sustentabilidade, líderes inspiradores, flexibilidade de horário e ambientes colaborativos para a busca de soluções, entre outras tantas questões inovadoras. Nesse presente cenário, o bom relacionamento interpessoal torna-se fundamental, e para isso acontecer, alguns passos são importantes.
Primeiramente, as pessoas precisam enxergar como o comportamento de cada um está impactando no ambiente e na produtividade da empresa. Por meio de uma análise 360° informal, cada um consegue identificar se a maneira como o outro o vê combina com a visão que se tem de si mesmo. A partir daí, a pessoa pode refletir sobre quais comportamentos ela precisa e deseja mudar. Afinal, não se pode melhorar o que não se pode medir.
O próximo passo é trabalhar com a equipe (em oficinas dinâmicas) os comportamentos fundamentais para a criação de uma nova cultura: colaboração criativa, busca de soluções com mais autonomia, visão sistêmica, priorização, organização, produtividade, foco em resultado e “ser líder de si mesmo”. Os comportamentos variam de empresa para empresa. Quando todos compreendem o que podem ganhar com essas mudanças, há o engajamento natural. A equipe passa a sugerir ideias e tem muito interesse em que elas sejam implementadas.
Todo mundo gosta de trabalhar em um ambiente leve e divertido, mas que seja produtivo. A sugestão aos líderes é: deixe a equipe se conhecer melhor e pergunte aos integrantes como podem inovar. Eles certamente terão uma boa resposta e todos sairão ganhando.
*Por Cris Cintrão e Luciana Franco, fundadoras da Improve Human Consulting