Por Gustavo Raposo, sócio fundador e CEO da fintech Leve (www.somosleve.com.br)
No texto anterior, sobre “Bem-estar financeiro dos colaboradores: forte aliado da produtividade dentro das empresas”, abordei que há muitas maneiras de nós, como gestores, ajudarmos a equipe, seja desenhando uma estratégia de educação para as finanças ou até mesmo oferecendo novos e atrativos benefícios financeiros. Ao lado do salário, eles são uma excelente maneira de recompensar os profissionais pelo trabalho.
O setor de recursos humanos é a peça fundamental dentro da empresa para garantir a motivação no ambiente de trabalho e manter um bom nível de interesse profissional por parte dos colaboradores. A baixa produtividade e desmotivação são problemas que muitas empresas podem enfrentar em um determinado momento. Por isso, é necessário que cada caso seja analisado de forma individual.
O primeiro passo é identificar o motivo do problema, já que ele pode estar relacionado com a gestão da empresa ou, até mesmo, questões de ordem pessoal como o estresse causado por problemas financeiros. Segundo os dados da pesquisa anual da consultoria PwC sobre bem-estar financeiro dos colaboradores, Employee Financial Wellness Survey, divulgados em 2019, 59% dos entrevistados apontam o dinheiro — ou a falta dele — como seu principal motivo de estresse no trabalho. Ainda de acordo com o estudo, 35% dos entrevistados disseram que as preocupações com dinheiro causam perda de foco e distrações durante o expediente.
Quando os profissionais recebem benefícios, a produtividade pode aumentar por uma série de fatores. Primeiro, eles se sentem motivados e querem em troca, contribuir para o crescimento da empresa. Além disso, há um aumento da segurança financeira. Essa sensação faz com que as pessoas se comprometam mais com o trabalho. Então, por que não pensar em estratégias para resolver essa questão? Pensando nisso, abaixo, listei algumas dicas importantes que podem ajudar o gestor que passa por um momento assim.
- Identifique quais as necessidades dos seus colaboradores: há diferentes tipos de benefícios corporativos no mercado, mas é preciso entender quais podem trazer impacto para os colaboradores. Caso a equipe seja formada por mães e pais de crianças pequenas, por exemplo, pode valer a pena disponibilizar auxílio-creche. Afinal, eles desejam um lugar seguro para deixar os filhos sem que precisem mexer tanto no orçamento. Para equipes mais jovens, planos para usar a academia e praticar esportes também são ótimas alternativas. Mesmo quem não segue essa rotina pode mudar os hábitos para aproveitar o benefício.
- Oferecer benefícios que atendam necessidades personalizadas: embora já existam muitos benefícios voltados para os cuidados com saúde mental, qualidade de vida e outros, ainda há muito o que se explorar para melhorar diferentes áreas da vida. Os gestores podem ir além e contratar, por exemplo, serviços que são voltados para o bem-estar financeiro dos profissionais, promovendo a cultura da educação para que todos saibam cuidar melhor do seu dinheiro. Para isso, é necessário analisar cada caso e desenhar um plano estratégico, buscando assim soluções personalizadas já que problemas financeiros são comuns em boa parte da população. A falta de conhecimento básico sobre finanças pessoais, resultando em má gestão do dinheiro é um dos fatores que mais afeta e impacta negativamente a produtividade do trabalho.
- Saiba sobre a satisfação dos colaboradores: para haver monitoramento contínuo, é recomendado que sejam feitas pesquisas pedindo a opinião dos profissionais sobre o clima organizacional. Dessa forma, é possível identificar com maior antecedência se está havendo algum tipo de descontentamento, seja com colegas, gestores ou até mesmo nas atividades desempenhadas.
Um grande abraço e até o próximo artigo!