Por Flávia Roberta, Líder IBM de Responsabilidade Social Corporativa para América Latina
Um dos maiores desafios que as empresas enfrentam hoje é encontrar e desenvolver talentos. Porém, ao mesmo tempo em que 45% das organizações indicam que não conseguem encontrar as habilidades das quais precisam, os funcionários estão buscando oportunidades de desenvolvimento de carreira (43%), fator que está entre as prioridades de acordo com estudos recentes do IBM Institute for Business Value (IBV), que também apontou no início deste ano que os candidatos a emprego estão enfrentando grandes desafios, e um em cada quatro pesquisados globalmente planejava mudar de empregado em 2021.
Mas não é apenas a pandemia que força as pessoas a repensar suas ocupações. A economia global está mudando e os empregos passam a exigir habilidades técnicas que a maioria dos candidatos simplesmente ainda não possui. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, fechar a lacuna global de habilidades poderia adicionar US$ 11,5 trilhões ao PIB global até 2028, mas os sistemas de educação e treinamento precisam acompanhar o ritmo das demandas do mercado .
A IBM está liderando o caminho na preparação de pessoas para essa transformação e trata o tema como prioridade há muito tempo, reforçando seu compromisso comprometendo-se com a capacitação de 30 milhões de pessoas até 2030, pensando nos trabalhos de hoje e do futuro. É por isso que lançamos o IBM SkillsBuild, um programa sem custo que fornece aos candidatos atuais e futuros a emprego em todo o mundo, cursos online, credenciais e treinamento em habilidades requeridas pelo mercado que podem ser desenvolvidas em poucas horas ou em alguns meses, preparando pessoas tanto para funções de tecnologia e outras não tecnológicas de alta demanda em diferentes indústrias.
Os conteúdos são pensados para pessoas que procuram emprego, para alunos e professores. Milhares de opções de aprendizagem que vão desde Inteligência Artificial (IA) e Blockchain até como trabalhar em equipe e mindfulness estão disponíveis para inspirar e estimular os jovens para as carreiras de STEM.
Como parte de nosso compromisso na América Latina, estamos trabalhando com diferentes organizações. Por exemplo, com a Junior Achievement Américas procuramos impulsionar a capacitação de mulheres em desenvolvimento web e carreiras de programação, oferecendo acesso a ferramentas, bootcamps e experiências para aquelas que desejam trilhar sua vida profissional na carreira de tecnologia, aumentando a diversidade, a inclusão e abrindo as possibilidades para futuros brilhantes. Também na região, com a Laboratoria estamos promovendo aos participantes conhecimentos sobre análise de dados, com foco em dar entendimento sobre habilidades técnicas e soft skills chave para a função de Analista de Dados Junior. O programa inclui webinars, sessões de mentoria e oportunidades com empresas parceiras.
Na última década, os funcionários da IBM em todo o mundo trabalharam incansavelmente para fazer sua parte, ensinando e orientando outras pessoas. Pessoalmente, minha paixão pelo voluntariado corporativo ganhou impulso quando auxiliei na elaboração e execução do primeiro Black Women in Tech. Trouxemos 60 meninas de comunidades mais vulneráveis para participar de uma manhã de imersão tecnológica e ouvir de uma participante “eu não sabia que eu podia programar, nunca me imaginei pisando dentro de uma empresa como essa”. Além de me emocionar profundamente, fez com que eu entendesse a importância de compartilhar conhecimento, criar possibilidades e expandir os horizontes das pessoas que não tivessem as mesmas oportunidades que eu tive.
Aprender novas habilidades ou mudar de carreira pode ser um processo desafiador para muitos, mas o lado bom é que os novos empregos priorizam as habilidades do mundo real e incentivam as práticas de contratação por habilidades em primeiro lugar. A IBM está adotando essa nova abordagem para atrair a força de trabalho global mais qualificada e diversa possível.
Fechar a lacuna global de competências e preparar as pessoas para empregos do futuro não é uma tarefa fácil. Não será realizada por uma empresa, setor ou governo. Preparar a força de trabalho para a futura transformação econômica e digital exigirá que instituições de todos os tipos trabalhem juntas em uma missão compartilhada. Estamos entusiasmados em ampliar ainda mais esse compromisso na próxima década.