Desde que fui vice-presidente do Grupo Silvio Santos e pude experienciar diversas áreas de atuação dentro da empresa, minha carreira como empresário e presidente de várias companhias passou por incríveis transformações e aprendizados. Passei a comandar empresas como Jequiti, Jeunesse, dei consultoria de negócios para empreendedores de diversos setores, presenciei processos de empresas com baixo faturamento alcançarem resultados extraordinários, vi negócios entrarem em falência e hoje, com muita propriedade neste assunto, analiso a questão da pandemia, que impacta diretamente a economia do País.
A crise causada pelo novo coronavírus fez crescer empresas que já haviam passado por uma transformação digital, seja em processos internos, relacionamento com cliente, prospecção de novos lides e até na maneira de lidar com o consumidor seja de serviços ou de produtos. Quem não estava preparado, tinha apenas duas saídas, ver o negócio falir, ou agir para não ser engolido pela crise. Para aqueles que buscaram a segunda opção, eu sempre digo que é preciso ter disciplina, acompanhar o negócio de perto, criar processos internos, analisar semana a semana o crescimento ou a queda do faturamento do seu negócio.
É necessário que haja organização, compromisso com o negócio, paixão para motivar os colaboradores e, acima de tudo visão de futuro com foco nas principais tendências para que você possa integrar novas ações que trarão resultado exponencial no lucro da empresa e, consequentemente o sucesso. Em resumo eu sempre digo: Deu certo? Acelere! Deu errado? Pare! O mês tem 30 dias para você analisar qual rota está seguindo e mudar a trajetória se enxergar novas possibilidades.
Para quem almeja o crescimento profissional dentro de uma multinacional, ou uma grande empresa, é necessário estar preparado para lidar com processos internos mais longos, hierarquias, grandes projetos e, principalmente a concorrência com outros profissionais internos ou com os novos que chegam agregando uma bagagem diferente ao trabalho. Para estas pessoas, a primeira dica que eu dou é “Faça o básico bem feito”. O básico pode ser desde o envio de um e-mail, uma ligação, uma planilha, quanto processos mais complexos e estratégicos como planejamentos, análises setoriais, reuniões de negócios. Em todos os processos, sempre há uma base, o início e isso sempre deve ser feito com atenção e cuidado.
Durante a minha passagem por empresas como Sanofi, Natura, Jequiti, Jafra eu aprendi que ter flexibilidade e não ter a mente fechada são algumas das características obrigatórias para quem deseja crescer no ambiente corporativo. Além disso, é preciso saber a importância da informação, mas ter em mente principalmente, aquilo que você vai fazer com a informação que lhe foi dada. Os consumidores estão cada dia mais exigentes e esse olhar atento as informações e inteligência de merca do e do setor de atuação é fundamental para esse avanço.
É preciso criar um ambiente motivacional e uma cultura corporativa que encante as pessoas. Eu sempre aconselho que a pessoa saiba primeiramente quais são os objetivos que a empresa quer alcançar, porque quer alcançá-los, como quer alcançá-los e quais caminhos poderão ser percorridos para que isso acontece. Mas aí sempre me perguntam: Mas e os meus objetivos? E eu sempre respondo. Você precisa trabalhar onde faz sentido para você. Se a sua carreira não condiz com a sua missão, sua visão e seus valores, você precisa fazer uma transição e buscar aquilo que te fará mais feliz.
Para finalizar, para aqueles que estão em busca de oportunidade de trabalho e não conseguem uma vaga no mercado, o empreendedorismo pode ser a chave para você prosperar. Hoje a internet tem uma série de cursos, vídeos, informações sobre empreendedorismo e quanto mais você estudar, maiores serão as chances de você ter um negócio próspero. Mas é preciso começar e não desistir.
Por Lásaro do Carmo – presidente da Jeunesse Brasil e Argentina e CEO de duas renomadas empresas de consultoria em gestão empresarial e uma agência que cuida da carreira de celebridades e cantores.
