Empresas ainda têm desafios devido à complexidade dessa construção que deve envolver todo o time de colaboradores e uma profunda análise do futuro
No mundo de hoje seria impossível falar de negócios sem falar de gente, o que é óbvio, porém está longe de ser fácil. Entender o quanto a cultura organizacional é complexa, profunda e essencialmente humana é uma tarefa que requer exercícios diários para a construção de objetivos – principalmente após dois anos intensos de pandemia, seguidos de uma Guerra na Ucrânia que trouxe impactos mundiais. Por isso que, seja do pequeno comércio de uma esquina até uma multinacional, cada colaborador importa e o mundo se volta às lideranças cada vez mais conscientes. Se manter alheio a tudo isso é, na verdade, um tiro no pé.
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“A cultura organizacional mostra como as coisas são feitas dentro de uma empresa e envolve elementos visíveis e invisíveis como os comportamentos observáveis, propósito, valores e mentalidade. E cada pessoa, seja liderança ou não, acaba atuando como uma representação simbólica do que a empresa é e quer ser”, afirma Stephanie Crispino, CEO da Tribo, consultoria com foco na humanização de culturas, desenvolvendo times e lideranças. É o tipo de conta “não palpável” que chega no final do mês, mostrando um cenário interno desfavorável, com equipes desmotivadas, e cobrando uma nova atitude em busca de um desenvolvimento mais econômico e sustentável.
“É importante que as empresas pensem nas emoções, pois elas colocam a gente em movimento constante. Como você se conecta com o mundo? A cultura tem esse papel de criar pontes. Qual a história que queremos contar para o futuro? O que você quer fazer? Quando você quer começar?”, questiona Stephanie. Segundo ela, existe uma forma para que todas as empresas possam começar que se chama “tensão criativa”, ou seja, a diferença entre o que é hoje (realidade) e o que pode ser no futuro. Uma boa forma de pensar no que precisamos evoluir, quais são os desejos, vontades e o que está pedindo para mudar e evoluir.
É fazer um exercício de olhar para dentro para enxergar espaço para inovar ainda mais. “Ativando novos princípios e gerando amor pela confiança, e não pelo medo, engajamos pessoas no mesmo movimento que passa a ser um padrão, fazendo parte então da cultura da empresa”, conclui. Entendendo que a cultura é formada, antes de mais nada, por pessoas, todas elas têm o poder da influência – com um destaque para as lideranças e a responsabilidade fundamental deste papel – é importante se conscientizar sobre a qualidade da influência que você exerce no seu papel e até onde isso pode levar o seu negócio a impactar positivamente a sociedade.