Os setores administrativos e financeiros das corporações vêm sendo cada vez mais expostos e colocados à prova
A ética e a transparência são realmente fatores prioritários dentro das empresas. É inegável que as operações da Lava Jato, ao exporem escândalos de fraudes e corrupção, abriram os olhos do universo empresarial para estas questões. Os setores administrativos e financeiros das corporações vêm sendo cada vez mais expostos e colocados à prova, levando os gestores à reflexão e tomada de decisões estratégicas no intuito de manter uma boa conduta e também identificar e reverter ações de má conduta nas firmas.
Também a partir do episódio, ganhou maior exposição a Lei 12.846/2013, mais conhecida como Lei Anticorrupção, em vigor desde janeiro de 2014. Seu princípio estabelece que fundações, empresas e associações respondam civil e administrativamente quando a ação de um empregado ou um representante ocasionar prejuízos, danos ao patrimônio público ou violar os princípios da administração pública ou compromissos internacionais assumidos pelo país.
Visando então cumprir às exigências da lei, programas de Compliance estão sendo cada vez mais incorporados nas empresas.
Compliance significa estar de acordo, obedecer, comprometer-se com a integridade, possuir a função de monitorar e assegurar que todos os envolvidos com determinada instituição estejam cientes e de acordo com as normas de conduta da empresa. A equipe responsável por este trabalho tem a missão de agir, de forma crítica e imparcial, visando o cumprimento total dos Códigos de Condutas instituídos dentro das firmas.
O primeiro passo é alcançar uma comunicação eficiente e transparente. Todas as informações devem ser expostas e compartilhadas de forma direta e objetiva. Isso irá promover o engajamento e conscientização dos colaboradores para o cumprimento de todas as regras. A conscientização dos gestores neste ponto faz a diferença na tarefa de disseminar as missões e valores da empresa.
O segundo passo é verificar a eficiência dos processos e sistemas de gestão. A segurança nessas operações administrativas é primordial para evitar destes sistemas. O Compliance sustenta a boa reputação e credibilidade da empresa, garantindo a saúde financeira e diminuindo riscos de danos.
Por Sérvulo Mendonça, CEO do grupo Epicus