Oferecer um ambiente acessível é tornar todos os clientes iguais. E bem-vindos
Colunista Mundo RH, Kelly Coelho é head de RH, Segurança do Trabalho e Facilities da SuperVia
A sociedade não para de avançar no que diz respeito aos direitos dos cidadãos. Muitas vezes, uma mudança de hábito acontece por força de uma nova lei, mas aos poucos as pessoas e as empresas vão naturalizando novos processos. Uma dessas situações, que as empresas têm se esforçado em estar de acordo com os novos tempos, diz respeito à acessibilidade das pessoas que tenham algum tipo de deficiência.
Paralelamente a outras necessidades, as empresas vão adaptando seus espaços e equipamentos, mas a eficiência das novas diretrizes só é viável se a relação humana estiver de acordo com tais mudanças. Por isso, a SuperVia tem se empenhado na capacitação de mais de mil colaboradores sobre a melhor maneira de atender pessoas que necessitam de acessibilidade.
Em um total de quatro meses de aprimoramento, 1.043 colaboradores vão aprender, por exemplo, a maneira correta de abordar uma pessoa com deficiência, a forma adequada de conduzir uma cadeira de rodas e, principalmente, como entender a dificuldade e criar empatia com o indivíduo. Criando um ambiente inclusivo, acreditamos que ganharemos também resultados sociais. Afinal, a SuperVia atende um público de 12 grandes cidades do Rio de Janeiro, incluindo a capital. E todas as pessoas que possuam alguma deficiência física ou intelectual, além dos neurodivergentes, merecem ser acolhidos.
Contribuindo para o desenvolvimento inclusivo e gerando resultados sociais, sua prática é fundamental para pessoas com limitações. O treinamento é voltado aos colaboradores que têm alguma interface direta com os clientes da SuperVia, como bilheteiros e agentes de plataforma, mas também inclui os times de engenharia e comunicação, atuantes em trabalhos que impactam no público final.
Ao trabalhar com acessibilidade, a capacitação reforça o compromisso assumido pela SuperVia ao aderir ao Pacto Global da ONU, de adotar e promover os dez princípios universalmente aceitos em áreas como direitos humanos, trabalho e meio ambiente. Com esse treinamento, a concessionária pretende enraizar, na cultura corporativa, a importância de criar empatia com as pessoas que têm deficiência e necessitam de acessibilidade.
As aulas contam com a orientação do Grupo Talento Incluir, uma consultoria especializada em diversidade e inclusão com foco em pessoas com deficiência. Afinal, de nada adianta a boa intenção sem a visão exata de como ser útil para esse público. Entre alguns cuidados especiais, estão:
– Acompanhar o ritmo da pessoa que está sendo auxiliada;
– Quando a pessoa estiver com cão-guia, não brincar ou distrair o animal;
– Em caso de deficiente visual, avisar de possíveis obstáculos;
– Acompanhando cadeirantes, deve-se ficar de frente para a pessoa para se comunicar de forma segura. E pedir permissão antes de ajudá-lo movimentando a cadeira;
– Muletas ou bengalas devem ser mantidas sempre próximas de seu dono.
O mais importante: nunca trate uma pessoa com deficiência como incapaz ou caia no erro de infantilizá-lo. O respeito passa por acreditar que podemos tratar igual as pessoas dentro de cada diferença apresentada.
